Exército suspende registros de atiradores envolvidos na morte de adolescente no Alphaville

O Exercito Brasileiro irá suspender temporariamente os certificados dos registros (CR) dos atiradores esportivos com envolvimento na morte do adolescente Isabele Guimarães Ramos, de 14 anos, que morreu com um tiro supostamente acidental disparado por uma amiga da mesma idade, em uma mansão no condomínio de luxo Alphaville, no bairro Jardim Itália, em Cuiabá, na noite do último dia 12.

Em nota, o Comando da 13ª Brigada de Infantaria Motorizada informou  que está subsidiando a Polícia Civil, assim que tomou conhecimento do caso, com todas as informações pertinentes aos atiradores desportivos envolvidos na investigação. A nota não cita quais pessoas terão o certificado suspenso, mas a suspensão deverá atingir a família do empresário Marcelo Martins Cestari, 46 anos – pai da jovem que atirou, e do médico veterinário e pecuarista Glauco Mesquita Correa da Costa, pai do menor que é namorado da acusada.

As duas famílias, a da adolescente que disparou, e a do namorado dela praticam tiro esportivo. “Após o inquérito policial instaurado pela Polícia Civil, este Comando de Brigada tomará as providências cabíveis no tocante aos atiradores desportivos envolvidos, podendo até mesmo, solicitar a cassação dos certificados de registros (CR) para as atividades de Tiro Desportivo”, diz trecho da nota.

Isabela morreu no último dia 12 após ser atingida com um tiro no rosto, disparado a curta distância, de acordo com laudo de necropsia da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec).

A amiga dela, acusada de ter efetuado o disparo, disse em depoimento na Delegacia Especializada do Adolescente (DEA), que o tiro foi acidental, quando ela se preparava para guardar uma maleta em que estavam duas armas e objeto caiu. Ao tentar colocar as armas no lugar, uma delas disparou e atingiu a vítima que estava no banheiro de um dos quartos, na parte superior da casa.