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Coronel Fernanda: “do jeito que está quem terá prejuízo será os nossos produtores e o país”

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Coronel Fernanda afirma que bancada bolsonarista deverá prestigiar posse de Milei

Conteúdo/ODOC – A deputada Coronel Fernanda (PL-MT) decidiu criar um grupo de trabalho para buscar a negociação entre produtores rurais e exportadores em torno da polêmica moratória da soja, o certificado de que o grão não foi produzido em área desmatada do bioma amazônico após julho de 2008. Conforme a parlamentar, “do jeito que está, quem vai ter prejuíza são só os produtores e o nosso país”.

A decisão foi tomada após audiência, nesta quinta-feira (25), da Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados em que as duas partes se dispuseram a debater o tema, mas sem abrir mão de convicções preestabelecidas.

“Esse tema é importante porque nós chegamos no momento onde está havendo um bate muito grande entre os produtores e aqueles que comercializam, principalmente para o Parlamento Europeu. Nós estamos no momento de crescimento, o Brasil está crescendo, a soja trouxe para o Brasil uma nova perspectiva econômica e temos que trabalhar juntos para achar um meio termo. Do jeito que está, quem vai ter prejuíza são só os produtores e o nosso país”, disse a deputada na abertura da sessão.

Coronel Fernanda ainda chamou atenção para a punibilidade daqueles que agem na ilegalidade. “Precisamos utilizar a lei brasileira que protege o meio ambiente em prol dos nossos produtores, porque aqueles que produzem com base nela devem ser respeitados. Agora aqueles que utilizam da ilegalidade e da irresponsabilidade deverão ser punidos realmente, mas não generalizar e punir de uma forma geral todos aqueles que cumprem a lei”.

O diretor-geral da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), Sérgio Mendes, lembrou que a moratória da soja surgiu em 2006 após pressões da Europa para conter o desmatamento na Amazônia. Ele teme que eventuais mudanças tenham impacto negativo na credibilidade internacional dos produtores brasileiros e nos preços dos grãos.

“Foi um esforço de guerra e eu acho que hoje é uma conquista excepcional mais da produção do que nossa (exportadores). Meu único medo é que qualquer providência que a gente for tomar, o preço vai ser um tanto menor”, disse.

Atualmente, União Europeia, Inglaterra, Tailândia, Indonésia, Vietnã, Israel e China exigem garantias de que a produção de soja não saia de áreas desmatadas da Amazônia após julho de 2008. Os certificados são emitidos pela Associação Nacional dos Exportadores de Cereais e pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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