Verticalização da cadeia de produção é alternativa para driblar desafios impostos pelo El Niño

Entre os produtos, o principal é a semente de soja

Conteúdo/ODOC – Para driblar cenários que impõem margens menores para soja e milho, como os atuais preços baixos e alto custo produtivo, a Girassol Agrícola optou por verticalizar a cadeia de produção nas quatro unidades em Mato Grosso, uma em Goiás e outra na Bahia. Entre os produtos, o principal é a semente de soja, que agrega valor à marca e possibilita aumentar os resultados em cada safra, comercializada em todo o cerrado brasileiro.

Com uma média de 25 variedades no portfólio, a meta da empresa é um aumento de 25% no volume de sementes. Este é alcançado em áreas próprias e por produtores cooperantes, que agregam valor ao preço médio comercializado.

Getúlio Ferreira, engenheiro agrônomo e diretor de planejamento e produção da Girassol Agrícola, explica que a verticalização da cadeia de produção tem o propósito de garantir um crescimento sustentável, principalmente em anos desafiadores.

“Embora as commodities (soja e milho) estejam deixando uma margem bem apertada, nós conseguimos agregar valor verticalizando, onde além destes produtos temos a oportunidade de produzir sementes de alta qualidade com licenciamento premium, permitindo um melhor resultado”, detalha.

Para o executivo, as metas em um ano de El Niño estão entre os principais desafios. “Até o momento, as chuvas ainda não se estabilizaram, o que significa um grande desafio para o estabelecimento do plantio da safra de soja 2023/24. Nosso plano operacional não está totalmente em curso, e esse atraso vai apertar as janelas de segunda safra de algodão e milho”, detalha. Outra preocupação está nos custos e, para driblar este cenário, a sementeira foca na gestão de produção, buscando alta eficiência em suas operações. “O acompanhamento de perto e a gestão dos custos farão toda a diferença”, completa Ferreira.