Segurança determina exoneração de comandante da PM de São José do Rio Claro após mortes de militares

William Ferreira Nascimento foi morto dentro do batalhão pelo sargento Gabriel Cardoso, que cometeu suicídio no mesmo local

Conteúdo/ODOC – A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) determinou a exoneração do comandante do batalhão de São José do Rio Claro, tenente-coronel Cristiano Vasconcelos, após as mortes de dois policiais militares dentro do Batalhão de Polícia do município no final de semana. Na ocasião, o sargento da Polícia Militar Gabriel Castela Cardoso tirou a própria vida no domingo (22), após ter atirado e matado o colega de farda, sargento Willian Ferreira Nascimento com seis tiros no peito.

A Pasta ainda determinou que seja feita uma investigação minuciosa para apuração de todos os fatos. O comandante-geral da PM, coronel Mendes, já havia determinado um inquérito também para investigar o caso. “Também foi determinado que o comandante-geral da Polícia Militar, Alexandre Mendes, se desloque até o município de São José do Rio Claro para acompanhar de perto o andamento das investigações. O Governo de Mato Grosso reforça que não coaduna com nenhum tipo de violência ou abuso de autoridade”, diz trecho da nota.

O envolvimento das autoridades se deu após o sargento Gabriel ter tirado a vida, mesmo estando preso na delegacia, e ter entregado a sua arma, conforme relatado em boletim de ocorrência.

Entenda

No boletim de ocorrência foi informado que os dois policiais já tinham uma “rixa” e no último sábado, um desentendimento durante a troca de turno, por um suposto atraso por parte de William culminou na primeira tragédia.

O site Power Mix informou que a discussão entre os dois militares teria começado porque a vítima teria partido para cima do outro sargento, após ele questionar o atraso de quase 1h.

Neste momento, o colega teria sacado a arma e atirado seis vezes contra Willian. A vítima chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu pouco tempo depois.

Após isso, o sargento Gabriel recebeu voz de prisão e entregou a sua arma. Ocorre que no início da noite de ontem, o militar teve acesso a uma arma e atirou na própria cabeça.

No boletim de ocorrência estava descrito que o sargento Gabriel havia entregado a arma. Porém o policial que registrou a ocorrência, também ressaltou que já havia indicado o receio de que o militar tentasse contra a própria vida. “Ademais, temi que o Gabriel pudesse tirar a própria vida, já que o mesmo já me havia revelado pensamentos suicidas”, escreveu o oficial.

O corpo do sargento Gabriel já foi liberado do Hospital Municipal e durante sua saída, policiais e amigos se reuniram em frente ao hospital para prestar uma última homenagem.