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Agro News

Produtores mato-grossenses buscam investimento chinês para solucionar falta de armazéns de grãos

Publicado

Conteúdo/ODOC – Mato Grosso é o estado brasileiro com maior capacidade de armazenagem de grãos, com capacidade de 51,7 milhões de toneladas. A maioria é de graneleiros (29,9 milhões/t), seguido por silos (18,4 milhões/t) e armazéns convencionais (3,3 milhões/t). Os dados constam no Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do IBGE, divulgado no dia 09 de novembro.

“Este aspecto é compreensível pelo fato de a região contar com a maior participação na produção nacional de grãos, onde são encontradas grandes propriedades, que muitas vezes enfrentam dificuldades de escoamento da safra. A capacidade instalada com graneleiros, no Centro-Oeste, representa 58,3% da capacidade total do país com esse tipo de armazenagem”, analisa o gerente do LSPA, Carlos Barradas.

Apesar do crescimento da capacidade disponível para armazenamento no Brasil foi de 201,4 milhões toneladas, 4,8% superior ao semestre anterior, ainda é insuficiente para o total produzido.

Para solucionar o gargalo, na missão empresarial na China, o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja/MT), Fernando Cadore, participou de uma reunião com a empresa Sinomach Hainan, na cidade de Haikou, na China, na quinta-feira (9), para tratar de investimentos em armazenamento de grãos em Mato Grosso.

A Sinomach é um grupo estatal administrado diretamente pelo governo central da China e é uma das maiores companhias do mundo, segundo a Global Fortune 500. Seu portifólio de produtos e serviços compreende desde agricultura, até energia renovável, serviços digitais e engenharia internacional.

Na última segunda (6), a Aprosoja-MT já havia firmado com a companhia um memorando de entendimento para fomento de exportação de grãos de Mato Grosso para China. Já nesta quinta, Cadore traçou um panorama da necessidade de investimento em armazenagem no estado, e se comprometeu junto com o governador Mauro Mendes, em construir um plano para esses investimentos.

Além de atuar com importação, exportação e originação de cereais, a Sinomach também trabalha com a construção de silos e armazéns. Durante a reunião, Cadore destacou que o objetivo é atender o produtor que queira construir um armazém em sua propriedade, com capacidade entre 3 mil e 21 mil toneladas.

No plano piloto que será elaborado, devem ser definidas questões como garantia, prazo de pagamento, banco financiador e juros. A sugestão do presidente Fernando Cadore foi de que esse prazo seja de 15 anos, com três anos de carência, e que tenha a possibilidade de travar o investimento em grãos, com um preço futuro.

“Precisaremos de um projeto piloto que traga essa prospecção e, se possível, ser analisado junto com a Sinomach. A gente se coloca à disposição para encontrar algum produtor interessado para implantação do projeto”, destacou o presidente Fernando Cadore.

Cadore também enfatizou que Mato Grosso tem apenas 51,7 milhões de toneladas de capacidade de armazenamento, enquanto a produção de soja e milho do estado é de quase 100 milhões de toneladas. Portanto, o estado precisa aumentar a capacidade de armazenamento em até 60 milhões de toneladas apenas para suprir o déficit.

“Podemos buscar um produtor interessado, mas a gente precisa desses pilares. A possibilidade de se entregar a obra completa, a possibilidade de se financiar, em qual taxa de juros e em que prazo, além da possibilidade de se pegar o investimento com grão”, concluiu.

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