Pesquisar
Close this search box.
Pesquisar
Close this search box.

Policial

PJC indicia 14 membros de organização envolvida em furtos e roubos de veículos; prejuízo foi de R$ 6 milhões

Publicado

Investigações apontaram que o grupo criminoso envolvido em furtos em condomínios podem estar envolvidos em outros crimes na região [Foto – Polícia Civil]

Quatorze pessoas identificadas como integrantes de uma organização criminosa que atuava em roubos e furtos qualificados dentro de condomínios fechados de Cuiabá e Várzea Grande foram indiciadas pela Polícia Civil na conclusão da 1ª fase da Operação Tarântula, deflagrada na última semana, pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos (Derfva). Os crimes praticados pelo grupo geraram um prejuízo aproximado de R$ 6 milhões para as vítimas.

O inquérito policial foi encaminhado ao Poder Judiciário na sexta-feira (9). Entre os indiciados está o líder da associação criminosa que responderá por organização criminosa além dos crimes praticados pelos seus comparsas, executores das ações criminosas como furto, roubo, adulteração de sinal de veículo automotor, receptação, estelionato e lavagem de dinheiro.

A operação, deflagrada no dia 2 de setembro, resultou no cumprimento de 10 mandados de prisão preventiva de integrantes da organização criminosa, sendo confirmada a participação do grupo em pelo menos 15 furtos qualificados ocorridos em condomínios, em 30 casos investigados desde dezembro de 2021.

Durante a operação foram apreendidos quatro veículos, entre eles um caminhão, além de dinheiro, cédulas de documento falso, arma de fogo e enorme quantidade de peças de veículos, motores e lataria cortada, que demonstram que a organização criminosa possivelmente atuou em diversos outros roubos e furtos, em outras modalidades, na região metropolitana.

Segundo o delegado da Derfva, Gustavo Garcia Francisco, as investigações conseguiram comprovar a atuação da organização criminosa estruturada com o objetivo de cometer furtos de objetos eletrônicos e também os veículos que, de acordo com a marca e modelo, tinham diferentes destinos com o objetivo de atender células distintas do grupo.

As investigações apontaram que a organização criminosa possuía cinco células, entre elas o núcleo que atuava com os furtos, outro responsável pelo desmanche dos veículos, uma voltada para crimes de estelionato pela internet, a quarta especializada no transporte de veículos para Bolívia e a quinta atuante em crime de lavagem de dinheiro.

“Os veículos tinham destinações diferentes para atender a autuação das células, alguns eram utilizados para golpes, sendo comercializados em sites de compra e venda pela internet, outros eram encaminhados para oficinas de desmanche para revenda das peças e ainda tinham aqueles que eram encaminhados para a Bolívia”, disse o delegado.

Gustavo explica que a estratégia operacional da Derfva é reprimir o fortalecimento das organizações criminosas envolvidas em roubos e furtos de veículos. “O foco é reprimir não só os executores dos crimes, mas os que atuam por trás das ações, obtendo lucros significativos com a prática criminosa”, destacou.

Investigações

As investigações realizadas pela equipe da DERFVA iniciaram em dezembro de 2021, após uma série de ocorrências de furtos qualificados em condomínios. Nas investigações foi identificado um mesmo modo de ação, o que demarcou uma assinatura da associação criminosa nas ações. Os crimes praticados pelo grupo geraram um prejuízo aproximado de R$ 6 milhões para as vítimas.

Por meio das investigações tecnológicas e financeiras realizadas, aliadas ao cruzamento de dados relacionados aos inúmeros boletins de ocorrências que tinham conexão com os fatos em apuração, foi possível compreender a dinâmica dos crimes praticados pela organização criminosa.

A atuação da organização criminosa iniciava com os furtos qualificados ou roubos de veículos, praticados por membros do grupo, geralmente adolescentes, em sua maioria no interior de condomínios de luxo. Após as subtrações, os veículos eram estacionados em outro local para “esfriar”, ou seja, até que fossem cessadas as primeiras iniciativas de apreensões dos veículos por parte das forças de segurança.

Após esse período, os veículos eram transportados para um local previamente definido e constantemente utilizados pela organização criminosa. Ali eram adulteradas as placas veiculares e providenciados os encaminhamentos dos veículos de acordo com as oportunidades oferecidas, fossem para desmanches ilegais, vendas em plataformas digitais ou rede sociais, ou comercialização no país vizinho.

publicidade
Clique para comentar

Deixe seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política MT

Policial

Mato Grosso

Esportes

Entretenimento

Mais Lidas da Semana