Padre condenado a 48 anos por estupro de vulnerável tem pedido para trabalhar fora da prisão negado pela Justiça

Conteúdo/ODOC – O padre Nelson Koch, condenado a 48 anos de reclusão em regime fechado por estupro, estupro de vulnerável e importunação sexual contra três adolescentes frequentadores da paróquia em que atuava, teve seu pedido para trabalhar fora da prisão negado pelo juiz Rafael Depra Panichella, da 1ª Vara Criminal de Sorriso.

O religioso está detido desde 2022 na Penitenciária de Sinop Dr. Osvaldo Florentino Leite Ferreira, conhecida como “Ferrugem”.

A condenação de Koch ocorreu em setembro de 2022, quando foi considerado culpado por abusar dos frequentadores da paróquia, incluindo um menino abusado desde os sete anos e um adolescente desde os 13.

De acordo com o delegado Pablo Bonifácio Carneiro, responsável pelo caso, uma mãe relatou que seu filho, de 15 anos, teria sofrido abusos sexuais na igreja liderada pelo padre. Outro adolescente, de 17 anos, confirmou que o religioso praticou ato libidinoso sem sua anuência por pelo menos três anos.

O pedido de Koch para trabalhar externamente foi examinado pelo magistrado, que concluiu que o religioso não preenchia os requisitos legais para a medida, conforme estabelecido pela Lei de Execução Penal.

“De acordo com o art. 37 da Lei n. 7.210/84 (Lei de Execução Penal), ‘a prestação de trabalho externo, a ser autorizada pela direção do estabelecimento, dependerá de aptidão, disciplina e responsabilidade, além do cumprimento mínimo de 1/6 (um sexto) da pena'”, afirmou o juiz em sua decisão.

Portanto, com base nas diretrizes legais, o juiz negou o pedido de trabalho externo de Nelson Koch, atendendo à recomendação do Ministério Público.