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Médica diz que falta de entusiasmo de grupo pesou na decisão de recuar de eleição: “Me senti abandonada”

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Natasha Slhessarenko iria disputar o Senado, mas recuou após pressão política e sensação de falta de apoio [Foto –Mellissa Borges]

A médica e professora universitária Natasha Slhessarenko (PSB) afirmou em entrevista concedida ao podcast Tudo e Política, nesta terça-feira (9), que se dependesse apenas dela, o projeto de candidatura ao Senado estaria mantido. No entanto, como sentiu um “arrefecimento” do grupo que lhe apoiava, achou por bem recuar.

Natasha anunciou a retirada de sua candidatura ao Senado em coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (8). Ponderou que o que mais pesou para a decisão foi o pedido feito pelo correligionário Geraldo Alckmin, candidato a vice-presidente do país na chapa encabeçada por Lula, para que compusesse com a federação em Mato Grosso, em nome de um projeto pelo Brasil.

“Se dependesse só de mim, não tenha dúvidas de que eu estaria lá, batalhando, de maneira mais ostensiva até sabe. Houve uma sensação de abandono, me senti abandonada. Foi uma decisão muito difícil. Eu tinha um projeto, estava vendo que esse projeto não conseguiria se manter de pé, poderia recuar para outro projeto e ser incoerente com tudo aquilo que sempre falei, que o meu projeto era o Senado ou nada, esse sempre foi o meu discurso”, esclareceu.

A médica conta que mesmo ao saber que o governador Mauro Mendes (UB) tinha fechado o palanque, selando a aliança com Wellington Fagundes (PL), ela não descartou a possibilidade de sair com uma chapa independente, mesmo com pouco tempo de TV. O PSB sem realizar coligações teria apenas 21 segundos para exposição de propostas no programa eleitoral gratuito.

“Não sou infantil de achar que poderia concorrer do ponto de vista econômico com esses dois grupos. A política entrou na minha vida para ser um instrumento de serviço. Claro que ia entrar para ganhar, não me preocupava ter força do agro de um lado, do governador do outro lado,  mas senti um arrefecimento das pessoas que me davam apoio”.

A pessebista destacou que esse sentimento não foi expresso em palavras pelo grupo e que a percepção se deu meramente por feeling. Ressaltou que contou a todo momento com o apoio irrestrito do presidente nacional do partido, Carlos Siqueira, assim como do presidente estadual do PSB, deputado Max Russi.

A Executiva Nacional garantiu, por exemplo, o repasse do teto máximo de orçamento do fundo partidário para financiar a candidatura de Natasha ao Senado e hipotecou apoio irrestrito para qualquer decisão tomada, fosse ela pela composição, manutenção da chapa avulsa ou recuo.

Ponderou que tudo que estava ao seu alcance ser feito, executou da melhor maneira possível para garantir o sucesso da caminhada. “Na política não depende só do nosso protagonismo, a gente precisa de grupo, precisa de apoio político, apoio econômico, outras coisas que fogem um pouco do nosso protagonismo”.

Considerou o recuo uma das decisões mais difíceis que já tomou na vida, uma vez que acreditava no projeto e numa forma diferente de fazer política, calcada em valores.

“Hoje me sinto amparada por muita gente, me dando muita força, para que eu continue, para que mantenha a minha caminhada, que me mantenha nessa mobilização partidária, nessa mobilização política e hoje realmente me sinto uma grande vitoriosa por ter tido a coragem primeiro de encarar uma pré-campanha. Mas tudo na minha vida sempre foi assim, nunca ganhei nada de graça não”, rememorou.

Diante disso, Natasha permanece no PSB  por considerar que a legenda condiz com a ideologia que defende, por gratidão, visto que foi o único partido que garantiu a ela a condição de ser candidata ao Senado, e por lealdade.

“Agora eu já fui completamente absorvida pela política, jamais vou deixar de fazer essa mobilização partidária. Vou dar as mãos para todas as mulheres do PSB que são candidatas, para todas as guerreiras que estão aí e eu sei o que a gente enfrenta para poder se manter e tentar conquistar uma vaga na política brasileira. Vou estar com elas nos palanques, feiras, em todas as regiões”.

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