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Opinião

ALFREDO DA MOTA MENEZES – Cadê o etanolduto?

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A possibilidade de ter um etanolduto esteve nas conversas no estado e que o mesmo poderia ser por Itumbiara ou Senador Canedo, indo ao ramal que está em Uberaba.

Apareceu no radar até a empresa encarregada desse etanolduto. Não se fala mais nada sobre tudo isso.

Dizia-se que para ter um etanolduto, Mato Grosso teria que produzir no mínimo cinco bilhões de litros de etanol por ano. Já produz mais de dois bilhões de litros. Consome uma parte, outra é exportada para o Acre, Pará, Rondônia e até São Paulo.

Com mais fábricas sendo construídas aquele número poderia ser atingido com facilidade nas diferentes plantas de etanol de cana, de milho e de cana e milho, chamadas flex. Calcula-se que lá pelo fim da atual década o estado poderia produzir mais de oito bilhões de litros de etanol.

Uma produção muito acima do consumo local, o restante teria que ser exportado e o etanolduto acabaria com a eterna e concreta preocupação com a logística de transporte no estado.

Sem o etanolduto o estado poderia diminuir a quantidade de produção de etanol?. O grande momento é do etanol de milho. A produção do milho poderia subir de 30 milhões de toneladas para mais de 50 milhões nos próximos anos. Terra é que não falta no estado.

Além do etanol, o milho dá o DDG ou o bagaço que pode alimentar gado, suíno, aves e peixes. Afirmam que pelo fim desta década se poderia produzir no estado cerca de 20 milhões de toneladas de DDG.

Não seria necessário levar esse produto para vender fora, não se teria o problema do transporte. O DDG produzido aqui pode ser consumido praticamente no estado na produção de proteína animal para vender interna e externamente.

Sem o alcooduto, a produção de milho e das diferentes carnes também poderia sofrer consequências?

Os mais envolvidos nessa área afirmam que se pode ter algo como 50 mil empregos diretos e indiretos na indústria do etanol. Sem, mais uma vez, o etanolduto esse número seria atingido? Quantos empregos seriam perdidos também sem uma produção maior de DDG e no trabalho direto para alimentar gado, aves, suínos e peixes?

O sonhado etanolduto teria que vir. Com muita terra para plantio, associado à alta produtividade, Mato Grosso entraria, na produção do etanol e DDG, num patamar respeitável nos anos à frente.

Se essas perspectivas são tão grandes por que não se fala mais nada sobre o etandolduto? Um tipo de investimento que supostamente qualquer investidor teria interesse em colocar dinheiro, com retorno assegurado. Pode-se afirmar ainda que não haveria entraves nos três entes federados, com apoio e incentivos fiscais garantidos.

Terra, milho, cana, incentivo fiscal, mercado interno e externo, substituir importações, gerar empregos de qualidade, retorno em impostos para o poder público e a coisa não anda.

Alfredo da Mota Menezes é analista político.

 

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