Sete pessoas são presas e ouro apreendido em ação da PF em garimpo na TI Sararé em MT

Ação visa combater a extração ilegal de ouro, desocupar áreas atingidas e inutilizar instrumentos e maquinários

A Polícia Federal e demais órgãos de fiscalização e segurança pública realizaram operação, ao longo de três dias, com o objetivo de combater crimes ambientais e infrações contra a ordem econômica praticados na região da Terra Indígena Sararé, nas proximidades de Conquista d’Oeste/MT e Pontes e Lacerda/MT.

A ação incluiu o combate à extração ilegal de ouro, desocupação áreas atingidas por garimpeiros e inutilização de instrumentos e maquinários empregados na atividade de garimpagem ilegal. A operação teve a participação da Polícia Rodoviária Federal, Funai, Ibama, Gefron, Bope, Ciopaer e da Força Tática de Mato Grosso.

Durante as ações de repressão à extração ilegal de minério, o Ibama inutilizou 14 escavadeiras hidráulicas, um trator modificado para trafegar na mata fechada, diversos motores estacionários, geradores de energia, dois tratores, dois caminhões e cinco motos.

Caberá à Polícia Federal identificar os proprietários desses maquinários para esclarecer a participação nos crimes reprimidos, a fim de que sejam responsabilizados penal e administrativamente.

Em continuidade aos trabalhos em campo, a PRF realizou 48 horas de bloqueios e fiscalizações em pontos estratégicos, resultando na apreensão de 163 gramas de ouro, três armas de fogo, uma motosserra, um motor estacionário e o cumprimento de um mandado de prisão em aberto. Ao final, sete pessoas foram presas em flagrante.

O trabalho policial deriva de solicitação encaminhada pela Funai, relatando a alarmante situação que se encontra a TI Sararé. Centenas de garimpeiros estariam usurpando matéria-prima da União, por meio da extração ilegal de minério de ouro, sendo identificada ainda a ocorrência de outros crimes.

Após o encerramento das atividades em campo, todos os autuados pelo Ibama serão relacionados na investigação em curso, cujo objetivo é identificar os financiadores das atividades ilegais.