Política MT
“Tendência é encaminhar para cassação”, diz Comissão de Ética sobre relatório que investiga vereador
Conteúdo/ODOC – A Comissão de Ética da Câmara de vereadores de Cuiabá vai pautar pela cassação do mandato do vereador afastado Paulo Henrique (MDB), preso este ano em um processo que apura crimes praticados pela facção criminosa Comando Vermelho. A afirmação é do presidente da comissão, Rodrigo Arruda e Sá (PSDB), nesta segunda-feira (25).
Além da cassação, Paulo Henrique poderá ficar inelegível em caso de condenação. “A tendência do relatório é encaminhar para cassação. Ele foi preso e nos baseamos em cima da Polícia Federal. Não tem outro caminho e ele escolheu não se defender. Se isso foi estratégia da defesa, então que se coloque em prática”, disse Arruda e Sá, em entrevista à Rádio Cultura.
Segundo o presidente da comissão, o relatório da comissão será concluído e entregue ao presidente da Câmara de Cuiabá, vereador Chico 2.000, já nesta quinta-feira (28). Após, o presidente deve se reunir com a Procuradoria da Casa de Leis e pautar a votação do relatório, que pode cassar e tornar Paulo Henrique inelegível.
Segundo o presidente da Comissão de Ética afirmou que o vereador correu de se defender do processo e que a situação poderia ser uma estratégia para tumultuar, atrapalhar ou tornar o relatório pela cassação inválido.
“Um caso atípico que a câmera enfrentou. Ele não se manifestou nenhuma vez no processo e não se apresentou para se defender. Nunca vi um situação dessa. Ele corre de se defender. Se omitiu, se ausentou e não tomou ciência do que estava acontecendo. Entramos em contato por todos os meios, sms, telefone, email, pessoalmente no endereço. Respeito ele como pessoa, como ser humano. Eu queria que ele pudesse se defender para ter essa oportunidade. Agora terá que responder judicialmente”, afirma Rodrigo Arruda.
A denúncia
O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) denunciou o vereador de Cuiabá, Paulo Henrique de Figueiredo (MDB), por organização criminosa ligada ao Comando Vermelho, lavagem de dinheiro e corrupção. Ele foi alvo de uma operação da Polícia Federal que investiga uma facção criminosa responsável por promover shows nacionais e lavar dinheiro em casas noturnas na capital.
Paulo chegou a ser preso durante a operação, no dia 20 de setembro deste ano, mas foi liberado cinco dias depois.
A Justiça de Mato Grosso comprovou que agentes públicos da capital ajudavam na concessão de licenças e alvarás, durante a realização dos eventos, para receber dinheiro de integrantes da facção criminosa, responsável pela promoção dos shows. Os investigados movimentaram mais de R$ 79,1 milhões, entre 2018 e 2022.
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