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Opinião

GABRIEL NOVIS NEVES – Tradições da Baixada Cuiabana

Publicado

As cidades de Várzea Grande, Santo Antônio do Leverger, Barão de Melgaço, são próximas à capital do Estado, chamadas de baixada cuiabana, banhadas pelas águas do rio Cuiabá rumo ao pantanal mato-grossense.

Elas guardam suas tradições e festejam as suas datas históricas.

Seu povo tem acesso às novas tecnologias e mantem vivo o seu passado, para que ele não seja sugado pela modernização.

É uma gente feliz e tem muito orgulho do seu passado, mantendo a sua cultura em harmonia com o desenvolvimento.

Em Barão de Melgaço é festejada a Imaculada Conceição por quatro dias seguidos, com danças folclóricas, músicas e participação dos mais velhos, homens, mulheres e crianças.

Os homens vestidos a caráter, com chapéus de palha, tocando e cantando o cururu, com reco-reco e viola de cocho.

As mulheres e crianças os acompanham.

No quintal da casa do festeiro é erguido um alto mastro de madeira, onde é hasteado uma bandeira com a imagem da Imaculada Conceição.

Bandeirolas em azul e branco enfeitam boa parte da cidade para a procissão da Santa em cima de um andor carregado pelos seus fiéis.

As casas ficam enfeitadas com flores nas suas janelas.

Depois da procissão é servido um farto almoço, com refrescos de frutas e bebidas locais.

Churrasco de boi e peixada, à vontade.

A cidade possui um esplêndido rebanho bovino e o rio Cuiabá é piscoso.

São quatro dias de festa da Imaculada, e a população mobilizada demonstra grande resiliência em enfrentar e manter a sua cultura.

8 de dezembro em Barão de Melgaço é a sua maior festa popular.

As antigas cidades do Estado perderam suas raízes históricas para o progresso, como Cuiabá e a emblemática Chapada dos Guimarães.

Cuiabá deixou de ser a cidade verde.

Hoje os espigões de concreto armado, cada vez mais altos, tomam conta da cidade.

Os casarões com quintais de frutas e árvores desapareceram, e o calor atmosférico, aumentou muito.

A nossa querida Chapada dos Guimarães, de nativos e turistas de todas as partes do mundo se modernizou quando o assunto é a cultura e tradição.

Nos seus grandes eventos contratam bandas de música e artistas de fora para cantar músicas internacionais, não valorizando os nossos cantores e o rasqueado.

Não deixemos que a nossa rica cultura em tradições, se perca com o tempo!.

Gabriel Novis Neves é médico e ex-reitor da UFMT

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