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Fora de Cuiabá, lobista teve empresa e mansão no Alphaville vasculhados pela Polícia Federal

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Residência no condomínio de luxo alvo da Polícia Federal nesta quinta-feira, em Cuiabá

A Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão na empresa Florais Transportes, que pertence ao empresário cuiabano Andreson Gonçalves, durante a Operação Ultima Ratio, deflagrada na manhã desta quinta-feira (24).

O empresário é investigado por suposta participação em um esquema de venda de sentenças no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.

Na empresa, que fica no Jardim Nova Esperança, em Cuiabá, os policiais recolheram documentos e arquivos digitais.

Também houve cumprimento de mandados em outros quatro endereços ligados a Andreson, como na sua casa, no condomínio Alphaville, na Capital.

Lá, os agentes tiveram que pular o portão para entrar.  A informação é de que empresário está em Goiás desde terça-feira (22).

Andreson também é investigado pela suspeita de ser lobista em um esquema de vendas de sentenças no Superior Tribunal de Justiça.

Ele teria atuado em conluio com o advogado Roberto Zampieri, assassinado em dezembro do ano passado em Cuiabá.

A relação com Zampieri foi revelado em uma reportagem da revista Veja. Conforme a publicação, os dois teriam se unido para “um negócio milionário”. Andreson é suspeito de captar clientes que tinham interesse em processos que tramitavam no STJ. “O empresário usava sua rede de contatos em Brasília para manipular o resultado de julgamentos. O esquema, revelado por Veja há duas semanas, funcionou até dezembro do ano passado, quando Zampieri foi morto em Cuiabá”, diz a publicação.

Operação Ultima Ratio

A operação resultou no afastamento de cinco desembargadores da Corte sul-mato-grossense. São eles: o presidente Sérgio Fernandes Martins, Vladimir Abreu da Silva, Alexandre Aguiar Bastos, Sideni Soncini Pimentel e Marco José de Brito Rodrigues.

Além de Cuiabá, os agentes cumprem outros 43  mandados de busca e apreensão expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça em Campo Grande (MS), Brasília (DF) e São Paulo (SP).

Segundo as investigações, o grupo é suspeito de lavagem de dinheiro, extorsão, falsificação e organização criminosa.

Os magistrados afastados também terão que usar tornozeleira eletrônica e estão proibidos de acessarem as dependências dos órgãos públicos e de se comunicarem com outras pessoas investigadas.

A operação é fruto de três anos de investigação da Polícia Federal.

O nome Ultima Ratio faz referência a um princípio do Direito segundo o qual a Justiça é o último recurso do Poder Público para parar a criminalidade.

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