Comissão de Ética vota pela cassação de vereador acusado de elo com facção

Conteúdo/ODOC – Por unanimidade, a Comissão de Ética da Câmara de Vereadores de Cuiabá, votou pela cassação do mandato do vereador Paulo Henrique (MDB), por quebra de decoro parlamentar.

A Comissão de Ética e Decoro Parlamentar instaurou o procedimento embasada pelo desdobramento da Operação Ragnatela, e que prendeu o parlamentar. Ele teria envolvimento com um esquema de lavagem de dinheiro de facção criminosa na contratação de shows.

O relatório foi montado pelo vereador Kássio Coelho (Podemos), lido e votado em sessão desta sexta-feira (6). Agora que aprovado, o relatório é submetido ao presidente Chico 2000 e a Comissão de Constituição e Justiça, que deve dar o parecer antes do processo ir em votação no plenário, quando todos os vereadores decidirão se Paulo Henrique perderá ou não o mandato.

A Operação

A Operação Ragnatela, deflagrada pela Polícia Federal, investiga um esquema envolvendo servidores públicos que colaboraram com membros de uma organização criminosa para lavar dinheiro por meio de shows e eventos em casas noturnas.

Segundo as investigações, os criminosos contavam com o apoio de agentes públicos responsáveis pela fiscalização e concessão de licenças para a realização dos eventos, mesmo sem a documentação necessária. Paulo Henrique atuava como intermediário entre o grupo e os agentes públicos, recebendo vantagens financeiras em troca de seus serviços.