Nacional
Yanomamis desaparecidos podem estar em fuga dentro da mata

Uma pista sobre o paradeiro de 24 Y anomâmis da aldeia de Aracaçá , na região de Waiakás, em Roraima, indica que eles podem estar perambulando pela floresta, fugindo da violência de garimpeiros locais. O relato foi feito hoje por indígenas de tribos Palimiú, que fica perto do local.
Eles disseram que o grupo de indígenas deixou o local após o ataque a uma mulher que acompanhava uma jovem de 12 anos – possivelmente estuprada – e uma criança de 3 anos que teria desaparecido no rio.
Os ianomâmis contaram a Júnior Hekurari Ianomâmi, presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena e Ye’kuana (Condisi-YY), que todos os integrantes da aldeia, que foi totalmente esvaziada e tem sinais de incêndio, estão perambulando pela floresta, na altura do Rio Uriacueria, em busca de um novo local para reconstruir suas moradias.
De acordo com os ianomâmis do Palimiú, eles teriam fugido depois de ter cremado os corpos das vítimas, mas, por medo de novo ataque do garimpo, deixaram a aldeia. Júnior diz que a comunidade de Aracaçá está sendo dizimada como outras que vêm sendo alvo da mineração ilegal.
Ele estima que, em 2018, a aldeia tivesse cerca de 45 indígenas, mas restaram apenas 24. Eles teriam sucumbido a mortes violentas – os indígenas do Palimiú informaram sobre outros casos de assassinatos – e a malária e desnutrição.
“Estamos buscando testemunhas do que aconteceu. Acreditamos que os indígenas de Aracaçá estão vivos e fugiram. Lá na aldeia, há sinais de incêndios que acredito terem sido feitos durante ritual de cremação dos corpos das vítimas. Consultei pelo menos cinco anciãos que fizeram cremação a vida toda e eles me disseram que muito provavelmente foi o que aconteceu”, diz Júnior Hekurari, acrescentando ter feito fotos dos resíduos deixados pelas fogueiras, que também estão em poder da Polícia Federal e que lideranças do Palimiú prometeram entrar em contato com outros indígenas que têm informações sobre o caso.
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“Os garimpeiros estão lá ainda. Eles permanecem a poucos metros da aldeia, inclusive estavam lá no dia em que agentes federais estiveram na área onde aconteceu o incêndio”, acrescentou.
Júnior Hekurari denunciou o ataque de garimpeiros aos três yanomâmis de Aracaçá ao Ministério Público Federal, à Fundação Nacional do Índio (Funai) e à Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena). Ele teria tomado conhecimento do caso no dia 25 de abril, quando publicou um vídeo com a denúncia nas redes sociais.
Por nota, a Funai informou que, após extensas diligências, não localizou indícios de crime de homicídio ou estupro na Terra Yanomâmi de Aracaçá. No entanto, os órgãos responsáveis por ações relativas a indígenas continuam a investigar a denúncia.
No dia 28, a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu uma apuração rigorosa da denúncia sobre as mortes de ianomâmis e de estupro da menina de 12 anos.
Na abertura da sessão do tribunal, a ministra disse que o caso demonstra violação do direito constitucional à vida e aos direitos humanos. “Não é mais pensável qualquer espécie de parcimônia, tolerância, atraso ou omissão em relação à prática de crimes tão cruéis e gravíssimos”, disse Cármen Lúcia.


Nacional
Dom e Bruno: PF descarta envolvimento de suspeito que se entregou

A Polícia Federal informou nesta sexta-feira que não há indícios de que Gabriel Pereira Dantas, que se entregou voluntariamente à Polícia Civil de São Paulo na última quinta-feira , tenha envolvimento nos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Philips. A informação é da Agência Brasil.
Ele afirmou ter participado das mortes e teve sua prisão temporária requerida pela Polícia Civil, mas a Justiça de Atalaia do Norte (AM), que está à frente do caso, indeferiu o pedido.
“Ainda na data de ontem, a referida pessoa foi encaminhada à sede da Polícia Federal em São Paulo para ser formalmente ouvida e prestar esclarecimentos sobre os fatos, mas optou por exercer seu direito constitucional de permanecer calado. Ele permanece em liberdade, tendo em vista que não há indícios de ter participado dos crimes ora em apuração, já que apresentou versão pouco crível e desconexa com os fatos até o momento apurados”, detalhou a PF, em nota à imprensa.
Gabriel Pereira Dantas, de 26 anos, contou que viu quando os executores atiraram nas vítimas e que os ajudou a jogar os pertences delas no rio.
Ele alegou ter pilotado o barco usado pelos suspeitos no crime. No fim da tarde de quinta-feira, ele havia sido transferido para o 77º Distrito Policial para a Polícia Federal.
Bruno e Dom viajaram para o Vale do Javari, entre as cidades de Atalaia do Norte e Guajará, na tríplice fronteira Brasil, Peru e Colômbia, quando desapareceram no dia 5 de junho. A área possui 8,5 milhões de hectares demarcados, sendo a segunda maior terra indígena do país – a primeira é a Yanomami, com 9,4 milhões de hectares.
Segundo a Polícia Federal, a dupla foi perseguida por pescadores ilegais e assassinados. As vítimas teriam sido mortas a tiros e os corpos, esquartejados e enterrados. Três homens foram presos por suspeita de participação no crime:
Dantas alegou à polícia que havia fugido do Amazonas e passado pelo estado do Pará e Mato Grosso, até finalmente chegar a São Paulo. Na nota, a PF afirma que as investigações do caso prosseguem.
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A Polícia Federal informou nesta sexta-feira que não há indícios de que Gabriel Pereira Dantas, que se entregou voluntariamente à Polícia Civil de São Paulo na última quinta-feira, tenha envolvimento nos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Philips. A informação é da Agência Brasil.
Ele afirmou ter participado das mortes e teve sua prisão temporária requerida pela Polícia Civil, mas a Justiça de Atalaia do Norte (AM), que está à frente do caso, indeferiu o pedido.
“Ainda na data de ontem, a referida pessoa foi encaminhada à sede da Polícia Federal em São Paulo para ser formalmente ouvida e prestar esclarecimentos sobre os fatos, mas optou por exercer seu direito constitucional de permanecer calado. Ele permanece em liberdade, tendo em vista que não há indícios de ter participado dos crimes ora em apuração, já que apresentou versão pouco crível e desconexa com os fatos até o momento apurados”, detalhou a PF, em nota à imprensa.
Gabriel Pereira Dantas, de 26 anos, contou que viu quando os executores atiraram nas vítimas e que os ajudou a jogar os pertences delas no rio.
Ele alegou ter pilotado o barco usado pelos suspeitos no crime. No fim da tarde de quinta-feira, ele havia sido transferido para o 77º Distrito Policial para a Polícia Federal.
Bruno e Dom viajaram para o Vale do Javari, entre as cidades de Atalaia do Norte e Guajará, na tríplice fronteira Brasil, Peru e Colômbia, quando desapareceram no dia 5 de junho. A área possui 8,5 milhões de hectares demarcados, sendo a segunda maior terra indígena do país – a primeira é a Yanomami, com 9,4 milhões de hectares.
Segundo a Polícia Federal, a dupla foi perseguida por pescadores ilegais e assassinados. As vítimas teriam sido mortas a tiros e os corpos, esquartejados e enterrados. Três homens foram presos por suspeita de participação no crime:
Dantas alegou à polícia que havia fugido do Amazonas e passado pelo estado do Pará e Mato Grosso, até finalmente chegar a São Paulo. Na nota, a PF afirma que as investigações do caso prosseguem.
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