Opinião
WILSON FUÁH – No Brasil, os partidos são descartados facilmente
Fica a grande dúvida, de quem é a vaga conquistada durante a eleição: é do Partido ou é do Candidato eleito?. Vejam que até os políticos não sabem qual a sua ideologia propriamente dita, pois só após eleger-se, é que descobre que está em partido errado, e por isso criaram a “janela” para sair, e assim, o Partido fica sem o cargo conquistado na eleição e o Candidato eleito vai embora com o cargo embaixo dos braços, desfazendo do reconhecimento da estrutura e dos recursos do partido que lhe ajudou a eleger-se.
E usando essa tal “janela”, o sentido da ideologia partidária está sendo jogado no lixo da história política do país, e aquele velho conceito que os políticos antigos e os velhos filiados tinham no coração o seu partido, pois a escolha de um partido era pelo entendimento que aquele partido seria o “seu”, pelo conjunto de ideias ou reunião de pessoas com o mesmo pensamento que se agrupam legalmente para congregar através das ações políticas, econômicas e sociais.
Para que um regime democrático possa funcionar, necessariamente tem que existir: o voto, que é exercido pelos eleitores, mesmo que seja em forma de escolha obrigatória e os partidos políticos que congregam as mesmas opiniões e as ideias dos seus filiados num mesmo partido.
Nos termos do Art. 17 da Carta Magna, é livre a criação, incorporação, fusão, e extinção de partidos políticos e não há como disputar um cargo eleitoral, se o candidato não for filiado a um partido. No Brasil, existem muitos partidos para poucos líderes e ideologias em excesso, o que se vê, são ferros velhos de partidos, carcaças partidárias e destroços ideológicos espalhados pelo Brasil afora.
Hoje os políticos estão misturados por falta de não saber qual é a sua ideologia, são lideres com desejos individuais e próprios ou impróprios, e ao sentir a falta de espaço e a incapacidade de congregar com as pessoas com ideias conflitantes ao seu crescimento individual ou suas reeleições, criam novos partidos, que reúnem os “descontentes” e os “contrariados” girando em torno desse novo partido que ele podem chamar de “só meu”.
São tantas ideologias para ser exercitadas por poucos líderes, e com a esperteza e gosto pela permanência no poder, faz como que nasçam vários partidos a cada ano, não pela necessidade de diversificar os diferenciais conflitantes no plano das ideias sobre política, sistema econômico e divergência de classes em busca de um sistema social possível, mas sim pelo espaço nas próximas eleições.
A história recente registra, estruturas partidárias dominadas por aproveitadores, que de forma legal oferecem as siglas como “barriga de aluguel” e ao mercadão do caixa 2, que financiou a venda de horário político, em nome do retorno futuro.
Os princípios partidários que vislumbram os objetivos comuns e coletivos, na verdade ficam apenas inscritos nas letras mortas dos velhos estatutos partidários que estão esquecidos nos fundos dos empoeirados armários partidários.
Economista Wilson Carlos Fuáh – É Especialista em Recursos Humanos e Relações Sociais e Políticas. Fale com o Autor: [email protected]


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