Conteúdo/ODOC - O senador Wellington Fagundes (PL-MT) classificou como “excesso” a operação da Polícia Federal que cumpriu mandados de busca e apreensão contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), nesta sexta-feira (18), em Brasília.
A ação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e incluiu buscas na residência de Bolsonaro e na sede nacional do PL. “Na nossa visão, foi um excesso”, afirmou o senador, ao comentar a ofensiva judicial. Segundo ele, o Partido Liberal já se posicionou por meio de nota oficial criticando a decisão do Supremo. “Fomos contrários a essa medida. Entendemos que ele deveria ter liberdade para sair do país, como qualquer outro cidadão”, acrescentou Fagundes.
Além dos mandados, Moraes determinou a aplicação de medidas cautelares contra Bolsonaro, incluindo a proibição de deixar o país. A operação teve como motivação a atuação do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, que teria tentado articular, nos Estados Unidos, sanções contra autoridades brasileiras. A informação consta na decisão de Moraes, que apura possível tentativa de interferência internacional contra instituições do país.
Em nota oficial, a Polícia Federal confirmou a ação: “A Polícia Federal cumpriu, nesta sexta-feira (18/7), em Brasília, dois mandados de busca e apreensão, além de medidas cautelares diversas da prisão, em cumprimento a decisão do Supremo Tribunal Federal”, sem, no entanto, dar maiores detalhes sobre o teor das investigações.
Wellington Fagundes também fez críticas indiretas à postura de Eduardo Bolsonaro, sem citar nomes, ao comentar as declarações feitas pelo parlamentar no exterior. “Há exageros também nessa postura lá fora, falando até de ataque ao Brasil. Isso está sendo discutido internamente”, pontuou.O senador disse ainda que o momento exige cautela, e que o PL busca tratar o assunto institucionalmente, sem inflamar ainda mais o cenário político.