VIOLÊNCIA

Vídeo mostra agressão a adolescente autista em banheiro de escola em Cuiabá

· 2 minutos de leitura
Vídeo mostra agressão a adolescente autista em banheiro de escola em Cuiabá

Conteúdo/ODOC - Um vídeo que circulava entre alunos da Escola Estadual Antônio Epaminondas, no bairro Lixeira, em Cuiabá, mostra um adolescente de 12 anos com transtorno do espectro autista (TEA) sendo agredido no banheiro da instituição.

As imagens chegaram ao conhecimento da mãe da vítima, que registrou um boletim de ocorrência contra a escola nesta segunda-feira (24).

Nas imagens, é possível ver um grupo de alunos assistindo à confusão enquanto o adolescente é atingido por outro.

Em seguida, a vítima se tranca em uma das cabines do banheiro para fugir das agressões.

No B.O., a mãe do adolescente relatou que o filho vem sofrendo bullying desde o início do ano letivo, sendo chamado de “autista louco” e “louco” pelos colegas.

Segundo ela, o principal agressor constantemente apertava o dedo parcialmente amputado do garoto e o atacava com pedras e borrachas.

No dia 12 de fevereiro, dia da filmagem, o adolescente chegou em casa nervoso e contou sobre os ataques, o que levou a mãe a procurar a direção da escola. A coordenadora, no entanto, alegou que o próprio menino provocava os colegas.

Inicialmente, acreditando na escola, a mãe orientou o filho a ser mais obediente e o instruiu a permanecer na biblioteca nos intervalos e sair mais cedo. Entretanto, ao ver o vídeo da agressão, percebeu a gravidade da situação e voltou a confrontar a coordenação, que continuou negando os fatos.

“Mesmo com o vídeo, eles estão falando que é meu filho que agrediu o menino. Mas no vídeo está nítido que meu filho está com medo. Meu filho não é violento. Ele chora o tempo todo, fica assustado, com medo”, desabafou.

O adolescente faz uso de medicamentos controlados e nunca apresentou comportamento agressivo, segundo a mãe. Ela também denuncia a falta de acompanhamento adequado na escola, afirmando que o filho deixou de receber apoio pedagógico, o que agravou sua vulnerabilidade às agressões. “No ano passado, com a professora de apoio, ele estava evoluindo. Agora ele só fica desenhando e brincando com o boneco dele, enquanto os colegas fazem as atividades.”

Em nota, a Secretaria Estadual de Educação (Seduc-MT) informou que foram tomadas providências para esclarecer os fatos e assegurar o acolhimento do estudante. Uma equipe psicossocial foi designada para acompanhar o caso, garantindo suporte adequado e os devidos encaminhamentos para combater bullying no ambiente escolar.

0:00
/0:39