Conteúdo/ODOC - A vereadora Maysa Leão (Republicanos) criticou a proposta do prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), de privatizar a gestão das escolas municipais. Para ela, a medida “é inconstitucional” e significa abrir mão de responsabilidades.
“O pedagógico é responsabilidade do município. Se ganhou para prefeito, tem que cumprir o Plano Nacional de Educação. Se não quiser, entrega o cargo”, afirmou.
Maysa também reprovou a ideia de reprovar em massa alunos do Ensino Fundamental I. “Não se pode manter um aluno na mesma série até os 17 anos, senão ele entra maior de idade no ensino médio estadual, o que é proibido. Por isso existe a recomposição. Reprovar indiscriminadamente é inconstitucional”, disse.
Ela admite debate sobre terceirização em setores como limpeza ou administração, mas reforça que a gestão pedagógica deve permanecer pública. “Se ele entregar a saúde e a educação, vai sobrar o quê para ele administrar? Como disse o governador Mauro Mendes, cada um tem que assumir sua parte. Não dá para abrir mão das funções essenciais”, declarou.
A vereadora também defendeu a atuação conjunta de escola e família na formação de crianças e adolescentes. “A educação pedagógica é da escola. A formação ética, de caráter, é da família. Quando vemos meninas formando facções dentro da escola, é porque todos falharam. Agora, cabe ao poder público agir para resgatar essas jovens e garantir que voltem à sociedade com acesso ao ensino e a valores”, concluiu.