Conteúdo/ODOC - A vereadora Maysa Leão (Republicanos) voltou a fazer duras críticas à gestão do prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), após a ameaça de paralisação dos servidores da Saúde municipal. O estopim da insatisfação é o corte do adicional de insalubridade, que vinha sendo pago de forma irregular e agora está sendo revisado pela Prefeitura.
Segundo Maysa, a crise é resultado da falta de organização da atual administração. Ela lembrou que o ajuste do pagamento é uma exigência do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado em 2023, ainda durante a gestão Emanuel Pinheiro (MDB), quando a pasta da Saúde era comandada pela atual secretária, Danielle Carmona, nomeada na época como interventora pelo governo do Estado.
O Ministério Público identificou que o adicional vinha sendo calculado com base no salário atual do servidor, e não no salário-base inicial, como determina a legislação. A insalubridade deve variar entre 10%, 20% e 40%, conforme o grau de exposição ao risco, e depende de laudos técnicos para definir o enquadramento. No entanto, há casos de servidores recebendo o valor máximo mesmo trabalhando em ambientes administrativos, como a sede da Secretaria Municipal de Saúde.
Durante uma reunião realizada na Câmara dos Vereadores, o prefeito afirmou que pretende resolver o impasse em até 30 dias. A resposta, no entanto, foi recebida com ceticismo por Maysa Leão. “Ele é o Superman?. Não é. Já está comprovado que não”, ironizou.
A parlamentar também criticou a postura do prefeito ao se reunir com manifestantes em frente à sede da Prefeitura, em vez de tratar do assunto em ambiente institucional. O encontro, que durou cerca de duas horas, aconteceu a céu aberto. “Estamos vendo o caos se instalar em Cuiabá. O prefeito prefere descer para a praça, gritar e discutir no meio da rua, quando deveria estar no gabinete ouvindo a equipe e buscando soluções concretas”, declarou.