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Vereador aciona Abilio na Justiça para explicar acusações sobre interferência de facção na Câmara

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Jeferson Siqueira disse que acusações do prefeito eleito são graves e terão que ser comprovadas

Conteúdo/ODOC – O vereador Jeferson Siqueira (PSD) foi parlamentar que mais ficou indignado com a fala do prefeito eleito, Abilio Brunini (PL), sobre o envolvimento da facção Comando Vermelho e proximidade do crime organizado com o Legislativo Municipal de Cuiabá.

Nesta terça-feira (12), na tribuna da Câmara, o parlamentar apresentou uma peça jurídica afirmando que irá protocolar o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), contra o prefeito.

“Dê nome aos bois, para que ele possa comprovar, de fato, que há interferência na disputa da Mesa Diretora. Ele disse que houve interferência do ministro Carlos Fávaro (PSD), Eduardo Botelho (União), que não aceitaria o que eu estava fazendo nos corredores dessa Casa”.

Conforme o Portal O Documento vem noticiando, assim que foi eleito, Abilio pregou o discurso de uma Câmara independente e que não interferiria na próxima gestão do Legislativo.

Em uma das falas mais polêmicas, chegou a afirmar que a facção estaria financiando com R$ 200 mil a cooptação de votos de parlamentares para escolha do próximo presidente da Mesa Diretora, mas sem apontar os nomes.

“Só porque eu vim da periferia? Só por que meu pai foi assassinado quando ainda eu tinha 3 anos? Só por que passei por um processo de adoção? Só porque eu não sou branco? Me respeita, Abilio. Eu estudei, eu me formei, eu sou um vencedor, eu tenho família”, desabafou o vereador

“Ele diz que quem é contra os interesses dele, defende interesse escusos. Ele acusa todo mundo, o parlamento inteiro. Agora ele recua e diz que não tem prova, que ouviu nos corredores, que foi um boato e que se comprovar a polícia está aí. E se não tiver, vida que segue. Mas isso não vai acontecer, Abilio. Porque se você não provar, esse processo será criminal”, completou.

Duas semanas após dizer que não interferiria no legislativo, Abilio indicou a vereadora eleita Paula Calil (PL) para a presidência, afirmando que grupos de oposição estariam se organizando para fazer uma presidência que atrapalharia os dois primeiros anos de sua gestão.

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