INVESTIGAÇÃO

Justiça afasta comandante da PM após acusação por desaparecimento de jovem

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Justiça afasta comandante da PM após acusação por desaparecimento de jovem

Conteúdo/ODOC - O juiz João Zibordi Lara, da 2ª Vara de Peixoto de Azevedo,  determinou o afastamento imediato do major Wilson Pereira Padilha Neto do comando do 22º Batalhão da Polícia Militar de Peixoto de Azevedo, após surgirem indícios do envolvimento dele no desaparecimento do adolescente Pedro Henrique Ribeiro, de 17 anos.

A decisão tem coma base a investigação da Polícia Civil, que apontou riscos de interferência caso o oficial permanecesse no cargo.

O major ainda deverá ser transferido para outra cidade a pelo menos 500 km de distância e está proibido de residir ou permanecer em Peixoto de Azevedo, além de manter contato com outros policiais da unidade.

A investigação teve início após a mãe de Pedro, Leidiane Prates Ribeiro, denunciar o desaparecimento do filho, visto pela última vez dentro do Batalhão da PM em 6 de outubro de 2023.

Segundo testemunhas, o jovem foi levado ao local por policiais militares, incluindo o major Neto, após ser abordado na rua.

Major Wilson Pereira Padilha Neto

Relatos apontam que Pedro foi agredido fisicamente e ameaçado pelo comandante, que teria exigido R$ 7 mil sob alegação de dívidas com uma facção criminosa.

A prima de Pedro, Adryeli, que tentou buscar informações no Batalhão, afirmou ter presenciado as agressões e notou que as câmeras de segurança foram desligadas após a chegada do jovem.

Além disso, a investigação revelou que diligências para rastrear viaturas e coletar imagens de câmeras externas não trouxeram respostas conclusivas, intensificando as suspeitas de obstrução de justiça.

Em sua decisão, o magistrado destacou que a permanência do major poderia intimidar testemunhas e comprometer a coleta de provas, ressaltando a necessidade de uma investigação imparcial para esclarecer o destino de Pedro Henrique Ribeiro.