Uma vez, ouvi de um padre, uma história que me remete a tantas outras. Ele havia ido juntamente com alguns fiéis, visitar uma senhora muito pobre e levar alguns alimentos para ela.
Ela os recebeu alegremente e com o coração cheio de gratidão. De repente, ela perguntou se eles poderiam esperar um minutinho, enquanto ela ia levar um pouco do que acabara de receber para a vizinha que passava por dificuldades. Todos eles ficaram emocionados com aquela lição.
Tantas outras almas bondosas ainda estão espalhadas por aí, fazendo do seu pouco, algo valioso e digno de ser compartilhado. Fazendo da sua vida, luz, para quem precisa dela. Sem holofotes, sem esperar nada em troca.
Aquela senhora dividiu não só o alimento, dividiu seu coração. Entregou um pouco de si mesma naquele gesto de humanidade. Mostrou que a sua dor não diminuiu sua compaixão com a dor do próximo.
Viktor Frankl, psiquiatra vienense que sobreviveu aos horrores dos campos de concentração, diz que, “a questão não é o que esperamos da vida, mas sim o que a vida espera de nós”. A nossa vida ganha sentido quando enfrentamos e damos respostas às situações que chegam até nós. Somos atores e não expectadores da nossa vida.
Que belo exemplo essa senhora pode ser para nós neste Natal. Levar ao outro que mais necessita, algo que possa aliviar a sua desventura, pode ser um ótimo exercício de caridade. Isso só depende de querer fazer o bem e agir.
O próprio Jesus, se faz luz para nós, que necessitamos Dele. Quem sabe o caminho para encontrarmos o sentido da nossa vida esteja em olhar ao nosso redor!. Ver o quanto podemos nos doar, servir, sem medo de perder. Porque quem aprende partilhar, só tende a ganhar.
Rejane Monge é nutricionista formada pela UFMT e servidora pública do Estado
