Metrópoles - O casal de turistas agredido durante uma confusão com barraqueiros em Porto de Galinhas, no litoral de Pernambuco, se pronunciou, neste domingo (28/12), por meio de um vídeo publicado nas redes sociais.
Com ferimento aparente no rosto, o personal trainer Johnny Andrade relatou que ele e o companheiro, Cleiton Zanatta, ambos de Mato Grosso, foram atacados após questionarem, no acerto de contas, o valor cobrado pelo aluguel de barracas e cadeiras. Segundo eles, o valor final ficou quase o dobro do preço combinado inicialmente.
“Quando fomos pagar a conta, o valor cobrado era outro, quase o dobro. Nós questionamos e eu falei: “Cara, não foi esse o valor que você havia combinado com a gente”. Eu disse que não pagaria e que pagaria apenas o que havia sido combinado. Ele afirmou que pagaríamos, sim, aquele valor, pegou uma cadeira e a jogou em mim. Tentei me defender, mas fui jogado no chão. Quando me dei conta, não era uma nem duas pessoas: havia cerca de 10 ou 15 em cima da gente, nos agredindo. Meu rosto ficou completamente danificado, e toda a lateral do meu corpo está machucada”, declarou.
Relatos iniciais indicaram que um dos turistas acabou agredindo um trabalhador da praia, o que deu início à confusão. Outras pessoas que trabalham no orla de Porto de Galinhas se aproximaram e passaram a atacar os visitantes, ampliando o confronto em meio a banhistas e frequentadores que estavam no local.
Responsabilização do poder público
O casal afirma que vai responsabilizar o poder público pelo episódio. “Intimo o prefeito a arcar com nossos prejuízos. Não vamos deixar isso barato. Já acionamos nossos advogados e vamos processar a prefeitura e o Estado de Pernambuco”, disse Johnny.
Segundo ele, durante a confusão, os pertences do casal chegaram a desaparecer, mas foram recuperados, posteriormente, com a ajuda da polícia.
O casal contou que só conseguiu registrar o boletim de ocorrência horas depois. “Saímos da delegacia por volta da meia-noite. Primeiro tivemos de fazer todo o atendimento médico para depois registrar a ocorrência”.
Com medo de novas agressões, eles dizem estar confinados no hotel. “Estamos trancados no quarto, tentando antecipar a volta para o Mato Grosso. Espero nunca mais pisar neste lugar”, declarou Cleiton.