OPERAÇÃO SMARTDOG

TJ mantém inquérito que investiga contrato de R$ 5,1 mi para chipagem de cães e gatos

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TJ mantém inquérito que investiga contrato de R$ 5,1 mi  para chipagem de cães e gatos
O ex-secretário-adjunto de Saúde de Cuiabá, Gilmar de Souza Cardoso, que teve HC negado

Conteúdo/ODOC - O Tribunal de Justiça de Mato Grosso negou habeas corpus do ex-secretário-adjunto de Saúde de Cuiabá, Gilmar de Souza Cardoso, para suspender o inquérito policial oriundo da Operação Smartdog, que apura possíveis irregularidades em um contrato de R$ 5,1 milhões para chipagem de cães e gatos na gestão do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).

A decisão é assinada pelo desembargador Luiz Ferreira da Silva e foi publicada nesta quarta-feira (22). Ele também manteve a Justiça Estadual competente para julgar o caso.

No habeas corpus, a defesa de Cardoso citou uma decisão anterior do ministro Ribeiro Dantas, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que reconheceu a competência da Justiça Federal em outra investigação relacionada à Operação Capistrum, que investigou um esquema de cabide de empregos na Saúde de Cuiabá, com pagamento de "prêmio saúde".

Segundo os advogados, o mesmo deveria ser aplicado ao caso da Operação Smartdog devido à conexão entre os fatos apurados.

Na decisão, porém, o desembargador afirmou que não há relação direta entre os fatos investigados no inquérito policial e a ação da Capistrum, Ele explicou que a Capistrum está relacionado ao crime de organização criminosa, enquanto a  Smartdog  apura o crime de fraude à licitação.

"Ao revés da premissa equivocada afirmada pelos impetrantes, não se trata de duplicidade de investigação sobre os mesmos fatos", escreveu.

A Operação Smartdog investiga supostas fraudes no contrato firmado entre a Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá e a empresa Petimune Agência Online de Serviços Para Animais de Estimação Eireli.

Além de Cardoso, também foram alvos da operação Suelen Danielen Alliend, ex-secretária de Saúde (falecida); o empresário Paulo Victor Braga de Almeida Santos, dono da empresa Petimuni, e os servidores Alan Borges e Silva; Rosana Lídia de Queiroz Benites; Fátima Cruz de Hungria; Benedito Oscar Fernandes de Campos; Ádila Terezinha de Andrade; Dalila Romanini; e Bianca de Souza Cardoso.