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TJ concede prisão domiciliar a servidora suspeita de integrar o CV e ordenar que jovem tivesse membros decepados

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Conteúdo/ODOC – O Tribunal de Justiça de Mato Grosso decidiu manter a prisão domiciliar para Maria Rita Araújo Ribas, suspeita de envolvimento na facção criminosa Comando Vermelho e servidora da educação em Nova Ubiratã. Ela é acusada de participar do assassinato brutal de Pablo Ronaldo Coelho dos Santos, de 23 anos, e de ordenar que a vítima tivesse os membros decepados. A decisão de conceder a prisão domiciliar, que substituiu a prisão preventiva, foi baseada na gravidez de Maria Rita e no diagnóstico de pré-eclâmpsia.

O relator do processo, desembargador Marcos Machado, acatou o requerimento da defesa, destacando a necessidade de preservar a integridade física e moral da ré, que está grávida de 30 semanas e enfrenta complicações de saúde relacionadas à pré-eclâmpsia. O desembargador observou que Maria Rita tem cumprido as condições da prisão domiciliar, saindo apenas para consultas médicas, sem má-utilização da tornozeleira eletrônica.

A liminar que concedeu a prisão domiciliar foi proferida em agosto e ratificada durante a sessão da Primeira Câmara Criminal realizada no último dia 7.

No voto, o desembargador Machado ressaltou a gravidade da pré-eclâmpsia, uma condição que afeta entre 5% a 8% das gestantes e pode resultar em sérias complicações, incluindo morte materna, morte fetal e neonatal, além de aumentar o risco de parto prematuro.

Entenda

A Polícia Civil descobriu, por meio de conversas, que Maria Rita Araújo Ribas, conhecida como “Maria Profe”, teria solicitado participar do assassinato de Pablo Ronaldo Coelho dos Santos, alegando nunca ter visto alguém morrer, apesar de sua carreira criminosa. Embora tenha auxiliado no crime, ela não participou diretamente da execução, mas ordenou que a vítima tivesse os dedos decepados. As investigações apontam que Maria Profe atua na gerência do tráfico de drogas na região desde 2020.

Edson Gerson Machado de Moura, que estava preso no Complexo Penitenciário Ahmenon Lemon Dantas, em Várzea Grande, é apontado como o mentor e financiador do crime contra Pablo. O jovem estava desaparecido desde abril de 2023, quando chegou a Mato Grosso vindo do interior de São Paulo para trabalhar.

Após 42 dias de buscas intensas, a Polícia Civil encontrou os restos mortais de Pablo Ronaldo na noite de 31 de maio, contando com o auxílio do Corpo de Bombeiros, cães farejadores e policiais militares em operações de busca em áreas de mata.

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