Conteúdo/ODOC - A mais recente pesquisa Percent, contratada com exclusividade pela TV Cuiabá e Portal O Documento, e publicada nesta semana, revelou as intenções de voto do eleitorado de Várzea Grande para a eleição presidencial de 2026. De acordo com os dados, o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) lidera com 32% das intenções de voto, seguido pelo atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que registra 24%.
Ronaldo Caiado (União Brasil), aparece com 10,8% e cantor Gusttavo Lima, com 5,5% .
Historicamente, o estado de Mato Grosso tem demonstrado uma tendência conservadora em suas escolhas eleitorais, frequentemente alinhando-se com candidatos de direita. Nas eleições presidenciais de 2022, por exemplo, Bolsonaro obteve 65,43% dos votos no estado, enquanto Lula alcançou 34,57%.
Essa preferência se reflete também nas disputas locais, onde o Partido dos Trabalhadores (PT) tem dificuldades para conquistar o eleitorado mato-grossense.
Exemplo disso ocorreu nas eleições municipais de 2024 em Cuiabá. Na ocasião, o candidato do PT, Lúdio Cabral, disputou o segundo turno contra Abílio Brunini, do Partido Liberal (PL). A campanha foi acirrada, com muita polarização nacional entre as duas principais forças políticas do país. Apesar dos esforços, Lúdio Cabral foi derrotado, com Abílio Brunini obtendo 53,80% dos votos válidos, enquanto Cabral alcançou 46,20%, no segundo turno das eleições.
Em Várzea Grande, a prefeita Flávia Moretti também saiu vitoriosa nas urnas com o apoio direto de Bolsonaro, consolidando ainda mais a influência do ex-presidente na região metropolitana de Cuiabá. A gestão de Flávia tem sido bem avaliada pela população, com 62,4% de aprovação nos primeiros meses de mandato, segundo a pesquisa.
A vitória de Abílio Brunini, apoiado pelo ex-presidente Bolsonaro, só demonstrou a força bolsonarista na capital mato-grossense. A campanha contou com a presença de figuras nacionais, como o deputado federal Nikolas Ferreira, e o próprio Bolsonaro em comícios na capital. Por outro lado, Lúdio Cabral recebeu apoio do presidente Lula e de ministros do governo federal, mas não conseguiu reverter a preferência do eleitorado de Cuiabá.
