Internacional
Guaidó é expulso da Colômbia após atravessar fronteira a pé
Na última terça-feira (25), o ex-líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó, embarcou em um voo da capital da Colômbia, Bogotá, para Miami, após uma tentativa de participar da cúpula internacional no país de surpresa.
A reunião foi organizada pelo presidente da Colômbia, Gustavo Petro, e tinha como objetivo alinhar as negociações que haviam sido paralisadas entre o governo da Venezuela e os partidos da oposição. Cerca de 20 países participaram do encontro.
Guaidó permaneceu poucas horas no país. Ele publicou no Twitter que havia cruzado a fronteira para a Colômbia a pé, e poucas horas depois teve de embarcar em um avião na capital com o destino a Miami, a pedido do governo.
Ao chegar em território estadunidense, Guaidó cedeu uma entrevista aos jornalistas ao qual disse que “depois de 70 horas ou mais de viagem” ele permanece “muito preocupado com minha família e equipe”, uma vez que segundo ele recebeu ameaças.
A presença inesperada do ex-líder gerou opiniões contrárias das autoridades colombianas. O ministro das Relações Exteriores, Alvaro Leyva, afirmou que a forma como chegou ao país era inadequada.
A passagem de Guaidó foi acompanhada pela agência de migração colombiana, ao qual o levaram até o aeroporto de Bogotá, e garantiram a partida do ex-líder para os Estados Unidos. A informação foi confirmada pelo próprio ministério na última segunda.
O presidente da Colômbia se pronunciou no Twitter sobre a situação, e disse que Guaidó poderia “entrar com seu passaporte e pedir asilo. Com prazer, teria sido oferecido. Você não precisa entrar ilegalmente”. Ele ainda acrescentou que o ex-líder recebeu a permissão de trânsito.
O ministro das Relações Exteriores disse que Guaidó foi acompanhado de autoridades norte-americanas no aeroporto, além da passagem ter sido oferecida pelos Estados Unidos.
“Juan Guaidó acredita que está sob ameaça e partiu da Venezuela para a Colômbia. Ajudamos sua partida para os Estados Unidos”, disse uma autoridade dos EUA sob condição de anonimato. Guaidó havia dito que esperava encontrar delegações em Bogotá para a cúpula. Ele pediu aos participantes que falassem pelos venezuelanos no exílio, servindo como a voz que Maduro queria tirar de mim”.
Guaidó foi líder do governo interino por cerca de três anos. Ele foi substituído como chefe da legislatura da oposição no final do ano passado. O partido Vontade Popular, ao qual faz parte, emitiu um comunicado ao que rejeita seu tratamento pelo governo colombiano.
Fonte: Internacional
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