Conteúdo/ODOC - A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) informou no início desta tarde que não tem vínculo contratual com o laboratório Bioseg, que foi interditado após a Operação Contraprova, da Polícia Civil. A SES apura se há empresas contratadas pela Secretaria que utilizam os serviços deste laboratório.
Caso seja identificado que algum prestador contratado pela SES tenha utilizado dos serviços deste laboratório, a pasta exigirá que sejam refeitos todos os exames
A investigação apura fraudes e falsificações de exames laboratoriais. O biomédico Igor Phelipe Gardes Ferraz, proprietário da empresa, foi preso. Além dele, os sócios-administradores Bruno Cordeiro Rabelo e William de Lima foram alvos de mandados de busca e apreensão.
O laboratório recebia e coletava amostras de material biológico, incluindo secreção de pacientes de home care, realizando ainda exames de covid-19, toxicológico e de doenças como sífilis, HIV e hepatites.
Porém, no decorrer das investigações, foi apontado que o laboratório não realizava os exames internamente nem enviava os materiais biológicos para outros laboratórios, como afirmavam os sócios. As amostras coletadas dos pacientes eram descartadas sem qualquer análise e os resultados dos laudos eram falsificados pelo sócio responsável técnico, que também é biomédico e foi preso nesta sexta-feira
“Já estamos trabalhando neste levantamento junto aos prestadores de serviço. Caso seja observado que o laboratório realizou exames para os nossos prestadores, exigiremos que todos eles sejam refeitos por outro laboratório”, declarou o secretário de estado de Saúde, Gilberto Figueiredo.