FRAUDE NA CONTA ÚNICA

Servidor do Tribunal de Justiça não foi localizado e passa a ser considerado foragido, diz PC

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Servidor do Tribunal de Justiça não foi localizado e passa a ser considerado foragido, diz PC
Investigados são suspeitos de desvios superiores a R$ 21 milhões

Conteúdo/ODOC - O servidor do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Mauro Ferreira Filho, é considerado foragido pela Polícia Civil após não ser localizado durante a deflagração da Operação Sepulcro Caiado, nesta quarta-feira (30).

A informação foi confirmada pelo delegado Pablo Carneiro, da Delegacia Especializada de Estelionato de Cuiabá, responsável pelas investigações, durante coletiva de imprensa.

Mauro é apontado como peça-chave em um esquema de fraudes em execuções judiciais que pode ter causado um prejuízo superior a R$ 21 milhões aos cofres do Poder Judiciário.

Segundo o delegado, ele atuava diretamente na movimentação da conta única do TJ-MT, transferindo valores para contas vinculadas a processos forjados.

“Ele tinha acesso à conta única do Tribunal e fazia transferências de valores antigos, de processos parados há anos, para contas vinculadas a ações judiciais fraudulentas”, explicou Carneiro.

As investigações revelam que o grupo envolvido ajuizava ações de cobrança sem o conhecimento dos réus e simulava o pagamento das dívidas por meio de depósitos judiciais inexistentes. Para sustentar a fraude, anexavam aos autos comprovantes fiscais falsificados. Com isso, conseguiam sacar os valores via alvarás judiciais.

Até o momento, a Polícia Civil identificou fraudes em 17 processos, com prejuízo confirmado de mais de R$ 11 milhões. No entanto, uma análise mais ampla já aponta que os desvios podem superar R$ 20 milhões.

Mauro é o único dos alvos da operação que ainda não foi preso.

Também foram alvos e já estão presos os advogados Wagner Vasconcelos de Moraes, Melissa Franca Praeiro Vasconcelos de Moraes, João Gustavo Ricci Volpato, Themis Lessa da Silva, Rodrigo Moreira Marinho, João Miguel da Costa Neto, Régis Poderoso de Souza, além de Denise Alonso.

E ainda os empresários Luiza Rios Ricci Volpato e Augusto Frederico Ricci Volpato, sócios de empresas credoras e beneficiários diretos do esquema.