Conteúdo/ODOC - O presidente do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso, Sergio Ricardo, afirmou que o órgão não pode ser classificado como um espaço de acomodação para políticos aposentados. Em entrevista à imprensa, ele rebateu críticas recorrentes sobre o perfil da instituição e disse que a atuação no Tribunal exige trabalho intenso e dedicação permanente.
“Essa crítica popular de que o TCE seria um lugar para políticos aposentados é uma bobagem. Eu sou um exemplo de que isso é uma bobagem. Sou um exemplo de que isso não é verdade”, declarou.
Segundo o presidente, a ideia de que o Tribunal de Contas seria um prêmio de consolação para políticos em final de carreira não condiz com a realidade do órgão. “Essa coisa de que o TCE é prêmio de consolação para políticos em final de carreira é uma grande mentira. Aqui ninguém consegue viver achando que está em fim de carreira. É trabalho o dia inteiro”, afirmou.
Sergio Ricardo destacou ainda que a função de fiscalizar a aplicação dos recursos públicos demanda envolvimento contínuo dos conselheiros. “A Corte de Contas não significa acomodação. A fiscalização dos recursos públicos exige dedicação permanente”, disse.
O presidente também relembrou sua trajetória ao ingressar no Tribunal, em 2012, quando ainda exercia mandato parlamentar. “Eu estava no meio do meu mandato, com 87 mil votos. Na ocasião, fui o quarto deputado mais votado proporcionalmente no Brasil. Não vim para o Tribunal fazer o fim da minha carreira política”, afirmou.
Ao comentar sobre a composição do pleno do TCE-MT, Sergio Ricardo defendeu a participação de integrantes indicados pelo Legislativo estadual. “Eu venho da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, tenho característica de rua, de estar envolvido com as situações da população. É por isso que o constituinte previu membros do Legislativo, para haver discussão política”, completou.