NA OPOSIÇÃO

Senadora e deputada de MT participam de ato de rompimento do UB e PP com governo

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Senadora e deputada de MT participam de ato de rompimento do UB e PP com governo

Conteúdo/ODOC - A deputada federal Gisela Simona (União Brasil) e a senadora Margareth Buzetti (PP-MT) participaram nesta terça-feira (2) do ato que formalizou a saída do União Brasil e do Progressistas da base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). As duas legendas, que formam a federação União Progressista, anunciaram o rompimento com o governo e determinaram que todos os filiados entreguem os cargos ocupados no Executivo.

Segundo Margareth Buzetti, a decisão já era esperada pelos parlamentares que defendem a construção de chapas de centro-direita para as eleições de 2026. “Entendo que se os partidos da federação querem se manter na oposição, esse desembarque era algo esperado, uma questão de coerência. No Senado seguirei votando de acordo com as minhas convicções”, afirmou a senadora.

A deputada Gisela Simona ressaltou que a medida dará mais autonomia ao União Brasil dentro do Congresso. “Já não tínhamos alinhamento com o Governo, mas o partido ocupava Ministério. Acredito que agora o partido segue mais independente para votar sempre a favor do povo brasileiro”, declarou.

A orientação da federação é de que todos os ocupantes de cargos no Executivo ligados às siglas apresentem a saída imediata. Quem resistir poderá ser substituído ou até sofrer punições internas. O impasse maior está entre os ministros das duas legendas. O União Brasil comanda três pastas — Turismo (Celso Sabino), Comunicações (Frederico Siqueira) e Integração Regional (Waldez Góes). Já o PP controla o Ministério do Esporte, com André Fufuca. Sabino avalia até pedir licença ou deixar o partido para permanecer no cargo.

A ruptura vinha sendo costurada desde agosto, quando lideranças das duas siglas criticaram o governo durante o lançamento oficial da federação. À época, Fufuca chegou a declarar: “Meu voto pessoal é dele (Lula)”.

Nos bastidores, dirigentes como Ciro Nogueira (PP) e Antonio Rueda (UB) já articulam maior aproximação com o PL, partido de Valdemar Costa Neto, mirando alianças para 2026.

Com 109 deputados e 14 senadores, a União Progressista detém a maior bancada do Legislativo e deve reforçar a linha de oposição ao Palácio do Planalto.