OBRA EM ATRASO

Senadora defende Mauro, mas diz que BRT deve ser concluído até 2026:"tem que entregar"

· 1 minuto de leitura
Senadora defende Mauro, mas diz que BRT deve ser concluído até 2026:"tem que entregar"

Conteúdo/ODOC - A senadora Margareth Buzetti (PP) afirmou que a lentidão nas obras do BRT (Bus Rapid Transit) não deve afetar a imagem do governador Mauro Mendes (União Brasil) em uma eventual candidatura ao Senado, nas eleições de 2026.

Para ela, o impasse com o Consórcio BRT, responsável pela execução do projeto, não pode ser creditado ao governador, já que ele herdou a paralisação do antigo VLT (Veículo Leve sobre Trilhos). “Não acho que prejudica o Mauro, esse BRT e antes o VLT estão travados desde 2010. Mas, claro, ele tem que entregar, vai ter que dar um jeito”, declarou a senadora durante conversa com a imprensa.

Buzetti enfatizou que a conclusão do modal é essencial e defendeu medidas drásticas, se necessário. “Esse BRT tem que sair. Se tiver que tirar o consórcio, tira. Muda, traz gente de fora, mas tem que sair até 2026”, acrescentou.

Diante do atraso nas obras, inicialmente previstas para 2024, o Governo de Mato Grosso optou por romper o contrato com o Consórcio BRT Cuiabá — formado pelas empresas Nova Engevix Engenharia e Projetos S.A., Heleno & Fonseca Construtécnica S.A. e Cittamobi Desenvolvimento em Tecnologia Ltda. Agora, a expectativa é que o sistema esteja concluído até o fim do mandato de Mendes, que precisará deixar o cargo em março de 2026 caso oficialize sua candidatura ao Senado.

Modal mais barato

A senadora também reiterou sua defesa do BRT, apontando que o sistema é mais viável econômica e operacionalmente do que o antigo VLT, projetado para ser entregue durante a Copa do Mundo de 2014, mas abandonado e marcado por escândalos de corrupção.

“Nunca fui a favor do VLT, que é muito caro. É um modal que tem que ser subsidiado altamente pelo poder público e quem paga é o consumidor. Já o BRT é mais barato”, argumentou Buzetti.

O VLT, que custou aos cofres públicos mais de R$ 1 bilhão, foi descartado por Mauro Mendes em 2020, sob a justificativa de que o projeto era inviável financeiramente e estava associado a esquemas de propina desde a gestão do ex-governador Silval Barbosa (2010-2014).