Conteúdo/ODOC - A senadora Margareth Buzetti (PSD-MT) anunciou nesta terça-feira (5) que assinou o pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em vídeo divulgado nas redes sociais, a parlamentar afirmou: “Paciência tem limite, e ninguém está acima da lei, nem mesmo um ministro do STF”.
A assinatura de Buzetti altera o cenário político em Mato Grosso, já que até então apenas Wellington Fagundes (PL-MT) havia declarado apoio público ao afastamento do magistrado. O senador Jayme Campos (União Brasil-MT) segue sem manifestar posição.
Atualmente, tramitam no Senado 29 pedidos de impeachment contra Moraes, que é acusado por parlamentares da oposição e juristas de cometer supostos crimes de responsabilidade, como abuso de poder e interferência em outros Poderes. Entre os documentos, está o chamado “superpedido”, protocolado em setembro de 2024, considerado o maior da história da Casa e que reúne argumentos de deputados federais, advogados e senadores favoráveis à análise imediata do caso.
Além de Buzetti, de Mato Grosso, também já assinou o impeachment, o senador Wellington Fagundes, configurando hoje apenas Jayme Campos, como indeciso.
De acordo com levantamento do portal “Votos Senadores”, cerca de 34 senadores já se declararam a favor da medida, 19 se posicionaram contra e 28 permanecem indecisos. Para que o processo avance, são necessários 54 votos no plenário, o equivalente a dois terços dos 81 parlamentares. Nos últimos meses, nomes como Damares Alves (Republicanos-DF) e Magno Malta (PL-ES) têm defendido que o impeachment seja tratado como prioridade no retorno dos trabalhos legislativos.
A decisão sobre dar ou não andamento ao pedido cabe ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que até agora não sinalizou mudança em relação à postura de arquivar propostas semelhantes apresentadas anteriormente.