Nacional
Senado vai acompanhar equipes de buscas por desaparecidos na Amazônia

O Plenário aprovou a criação de uma comissão externa para acompanhar a busca do indigenista Bruno Araújo Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, e investigar o aumento da criminalidade na região. O requerimento, de autoria do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), determina senadores que integram a Comissão de Meio Ambiente, a Comissão de Constituição e Justiça e a Comissão de Direitos Humanos devem apurar as circunstâncias que envolvem o desaparecimento de Bruno Araújo e Dom Phillips, ameaçados por invasores de terras indígenas ligados ao garimpo ilegal e ao narcotráfico.
Os dois estão desaparecidos desde 5 de junho na região da reserva indígena do Vale do Javari, a segunda maior do país, com mais de 8,5 milhões de hectares. O pedido de criação da comissão foi feito pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Segundo ele, a região está entregue a organizações criminosas de garimpo ilegal, de extração ilegal de madeira e também do narcotráfico.
“E são essas organizações criminosas no Vale do Javari, contra as quais Dom Phillips, Bruno Pereira e os povos indígenas lutavam”, argumentou o Rodrigues.
Segundo Randolfe, o objetivo é ir até o Vale do Javari, apurar as causas do desaparecimento e investigar o aumento da criminalidade na Amazônia, considerado por ele uma das causas do desaparecimento do jornalista e do indigenista. O grupo será formado por três integrantes da Comissão de Direitos Humanos, três da Comissão de Meio Ambiente e três da Comissão de Constituição e Justiça.
Durante a sessão, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) propôs aguardar mais alguns dias antes de criar a comissão. Para ele, pode ser questão de dias o desfecho do caso, com a localização de Phillips e Pereira, considerando os esforços do poder público nas buscas. Pacheco, no entanto, manteve a votação do requerimento de Randolfe.
Mas o presidente do Senado entendeu que a missão da comissão externa vai além. O colegiado deverá se debruçar sobre as atividades criminosas praticadas naquela região.
“Eu considero que a criação da comissão externa, além da questão do desaparecimento e do eventual desfecho trágico em relação ao indigenista Bruno Araújo e ao jornalista Dom Phillips, é aquilo que disse no começo desta sessão: existe uma situação hoje, no Estado do Amazonas e em outros estados, onde há a Floresta Amazônica, de crime organizado, tráfico de drogas, tráfico de armas, desmatamento ilegal, extração de madeira ilegalmente, pesca ilegal, garimpo ilegal”, disse Pacheco.
Ele afirmou que o Senado tem o dever de reagir ao que tem ocorrido na Amazônia. “Portanto, de fato, não por esse acontecimento apenas, mas por todo o contexto de um estado paralelo que se impõe num lugar em que infelizmente o Estado brasileiro não consegue preencher suficientemente, isso é motivo de alerta e de reação do Senado”.
Pacheco também exaltou o trabalho de Bruno Pereira como servidor da Funai, no combate às ilegalidades praticadas em terras indígenas. “Segundo se sabe, o Bruno Araújo Pereira, servidor da Funai, vinha denunciando uma série de irregularidades, de crimes praticados naquela região, de atentados a povos indígenas, de descumprimento da lei, de um estado paralelo ali implantado e que vinha então sendo denunciado por ele”.
Na última sexta-feira (10), a Polícia Federal (PF) no Amazonas, que está à frente das forças de segurança na Operação Javari, informou que equipes de busca encontraram material orgânico, “aparentemente humano”, em uma área próxima ao porto de Atalaia do Norte.
*Com informações da Agência Brasil e Senado Federal
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Nacional
4 de 10 pessoas creem que Bolsonaro incentiva ilegalidade na Amazônia

Um levantamento do Datafolha apontou que aproximadamente 4 em cada 10 brasileiros avaliam que o presidente de Jair Bolsonaro (PL) mais incentiva do que combate ilegalidades na Amazônia como pesca irregular, invasão de terras indígenas, desmatamento e garimpo ilegal.
A pesquisa mostrou entre 39% e 43% dos entrevistados acredita que o atual governo age mais para estimular do que de enfrentar os problemas da região. Já para um percentual entre 31% a 35% a atual gestão atua mais no combate do que incentivo a criminalidade no território amazônico.
Entre 8% e 10% afirmam que Bolsonaro não fomenta nem reprime os crimes. Já 13% a 18% dos entrevistados não souberam opinar.
O Datafolha entrevistou, na quarta e quinta-feira, 2.556 eleitores em 181 municípios de todas as regiões do país. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-09088/2022. A margem de erro é de dois pontos percentuais, e o índice de confiança é de 95%.
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Nacional
Corpo de Dom Phillips é velado neste domingo em Niterói

O velório de Dom Phillips acontece na manhã deste domingo no Cemitério Parque da Colina, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio. A cerimônia de despedida é restrita a familiares e amigos do jornalista britânico assassinado no Vale do Javari neste mês. A cremação do corpo está marcada para 12h.
Do lado de fora do cemitério, integrantes de movimentos sociais cobram a continuidade da apuração do assassinato. Com uma faixa estendida, eles perguntam “Quem mandou matar Dom e Bruno?”.
Os corpos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips foram entregues às famílias pela Polícia Federal somente nesta quinta-feira, mais de duas semanas após seus desaparecimentos. Na manhã de sexta, Bruno foi enterrado no cemitério Morada da Paz, em Paulista, região metropolitana do Recife (PE).
O caixão foi coberto com bandeiras do estado de Pernambuco, do Sport – time de coração dele – e com uma camisa da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari. O velório contou com a presença de indígenas, como os xukurus, que realizaram rituais pela passagem de Bruno. Também houve pedidos de Justiça, e críticas à gestão do presidente Jair Bolsonaro.
Segundo as investigações do caso, que já prenderam quatro suspeitos pelo crime, Dom e Bruno foram assassinados no Vale do Javari (AM), quando se dirigiam à cidade de Atalaia do Norte. A suspeita é de que as mortes foram cometidas por pescadores que se queixavam da atuação de Bruno Pereira em repressão à pesca ilegal na região, que sofre influência do narcotráfico.
Segundo laudo feito nos corpos, encontrados no dia 15 de junho, 10 dias após o desaparecimento de Dom e Bruno, os dois foram mortos a tiros, com munição de caça.
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