MARCELO PORTOCARRERO

Sem anistia!!!. Voltamos a correr o risco de ser uma democracia do proletariado

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Sem anistia!!!. Voltamos a correr o risco de ser uma democracia do proletariado

Não, mas quá! Está tão bom assim… Sigamos céleres rumo à democracia bolivariana. Lá, o poder emana do povo. Seguir seu modelo dará certo aqui, como está dando por aquelas bandas, não é mesmo? Falta tão pouco que já dá para sentir a brisa da liberdade.

 Para que perder tempo com retrocessos? Isso só traria de volta o governo militar de 1964, aquele que atrapalhou os planos golpistas de então, cujos esforços — diga-se de passagem — se deram com o subsídio de forças externas do bloco comunista, e que agora estão prestes a ser reeditados.

Por que recorrer a forças externas para tentar impedir a realização do sonho de uma “Libelu”, do “MR-8” e de tantos outros grupos de anistiados?. Aqueles mesmos cujos “esforços” foram regiamente recompensados por meio de anistia ampla, total e irrestrita, com direito a polpudas indenizações, e que estão prestes a ser ainda mais agraciados pelo atual governo, desta vez com juros e correção monetária.

Agora, a conjuntura não tem governo militar nem censura para atrapalhar. Pelo contrário, temos um STF notavelmente justo e honesto, um STJ que se mostra incorruptível e um TSE que, a ferro e fogo, protege com rigor impecável a legitimidade dos pleitos eleitorais. Portanto, está claro que nenhuma ilegalidade ou injustiça já foi ou será permitida em nossa Pátria amada. Diante de tamanha retidão, por que, então, haveria qualquer reação ao óbvio que busca ser imposto?.

Enfim, parece que voltamos a correr o risco de ser uma democracia do proletariado, a mesma que foi adiada em 71 anos por um contragolpe militar, que quase aconteceu de novo. Só não o foi graças às intempestivas reações do executivo eleito, das atuais e fiéis Forças Armadas, da Justiça constitucionalista e de congressistas sempre abertos a negociações.

“Sem anistia!!!” — gritam os donos da narrativa, agora amparados pelos Três Poderes da República, advogados que são, da “social-democracia”, na qual poderemos passar a viver caso aconteça o pior.

E sem sarcasmo …por favor!.

Marcelo Augusto Portocarrero é engenheiro civil