Saúde
Rio volta a ter fila por leitos de UTI para Covid-19 pela 1ª vez desde junho
Publicado
25/11/2020 - 01:45

Pela primeira vez desde junho a rede SUS da cidade do Rio de Janeiro possui mais pessoas na fila por uma vaga de UTI para Covid-19 do que leitos disponíveis. Nesta terça-feira, segundo a secretaria municipal de Saúde, há 513 pacientes internados em leitos de terapia intensiva na rede pública da capital — que inclui leitos de unidades municipais, estaduais e federais, atingindo uma ocupação de 93%. Há, no entanto, 73 pessoas aguardando transferência para algumas das 39 vagas restantes.
Apesar de divulgar a taxa de ocupação e o número de pacientes internados na rede SUS o município não informou a quantidade de leitos totais de UTI, sugerindo procurar o governo do estado e o Ministério da Saúde sobre a quantidade de vagas que cada ente administra na capital
Ainda segundo a secretaria municipal de Saúde, a taxa de ocupação nos leitos SUS de enfermaria é de 70%. Já nas unidades geridas pela prefeitura, a ocupação na terapia intensiva é de 97% das 271 UTIs.
Pela quinta semana consecutiva, o estado apresentou uma alta no pedido de internações para pacientes com Covid-19. Um levantamento do jornal O Globo com dados da Secretaria estadual de Saúde mostra que, na última semana epidemiológica — entre os dias 15 e 21 de novembro — , as unidades de toda a rede SUS do Rio pediram vagas para 1.044 pessoas com suspeita ou caso confirmado de coronavírus.
A procura por leito na rede saltou 93% em quatro semanas: entre 18 e 24 de outubro, tinham sido requisitadas 540 vagas. O quadro constatado pelo jornal foi o que levou as autoridades federais, estaduais e municipais a deflagrarem nesta segunda-feira um plano de ação rápida, em que suspendem cirurgias eletivas — desde que não sejam oncológicas ou bariátricas, entre outras — e ofertam mais 214 vagas para pacientes com a doença.
RJ tem 8º dia de aumento na média móvel de casos e mortes
Estado do Rio registrou 113 mortes e 2.145 novos casos do novo coronavírus nesta terça-feira, de acordo com a última atualização feita pelo governo estadual. Com isso, a média móvel chega ao oitavo dia em alta, com tendência de aumento no contágio da doença.
O crescimento de 216% na média móvel de óbitos, na comparação com duas semanas atrás, é o maior índice desde o dia 20 de abril, auge da pandemia. Ao todo, são 340.833 infectados e 22.141 vidas perdidas em todo o território fluminense desde o início da pandemia, em março.
Nesta terça, a capital concentrou 75% das mortes (85) registradas e 45% dos casos (961). Ao todo, a cidade do Rio soma 132.349 infectados e 13.064 vítimas da doença desde março.
Com os dados atualizados, a média móvel passa a ser de 95 mortes e 1.537 casos. Em comparação com duas semanas atrás, há uma subida de 43% na média móvel de casos e de 216% na média móvel de mortes, o que, por estar bem acima de 15%, indica um cenário de aumento no contágio da doença, pelo oitavo dia seguido.
Nos dias 6, 8, 9 e 10 de novembro não houve atualização no número de mortes, de acordo com o governo, em função de um problema no sistema do Ministério da Saúde, já solucionado. Este fato ainda pode influenciar no cálculo da média móvel durante alguns dias. No entanto, mesmo que os números tivessem sido preenchidos naquelas datas, seguindo a tendência diária daquele momento, ainda assim, seria observado um aumento.
A análise dos dados foi feita a partir do levantamento do consórcio de veículos de imprensa, que reúne informações das secretarias estaduais de Saúde.
Anúncio de testagem em massa
O governador em exercício do Rio de Janeiro, Claudio Castro, anunciou nesta terça-feira (24) a testagem em massa entre as ações de combate à Covid-19 no estado.
Segundo Castro, o governo estadual pretende divulgar nos próximos dias onde vão funcionar os postos de diagnóstico precoce, que vão contar com exames de imagem e os testes RT-PCR.
O governador em exercício também confirmou que vai se reunir com as prefeituras da Região Metropolitana para aumentar o número de vagas oferecidas nos hospitais.
Entre as justificativas para o aumento dos indicadores da doença no Rio, na última semana, Castro considerou que a realização do primeiro turno das eleições municipais, no último dia 15, pode ter influenciado na disseminação do novo coronavírus.



Com o intuito de aumentar mais rapidamente o número de pessoas imunizadas, a Alta Autoridade de Saúde da França (HAS) recomendou neste sábado que a segunda dose da vacina contra Covd-19 seja adiada no país.
De acordo com o órgão, estender o intervalo entre as duas doses permitiria imunizar mais 700 mil pessoas por mês. Em uma média, os franceses seriam vacinados dez dias antes.
Em comunicado, a HAS alerta que a situação da epidemia é preocupante e a circulação do vírus “continua em nível elevado”.
A França está aplicando duas vacinas, a da Pfizer/BioNTech e a da Moderna, normalmente administradas com intervalo entre as doses de 21 e 28 dias, respectivamente. O primeiro alvo eram os residentes de asilos e outras instituições e seus cuidadores. Posteriormente, foi autorizada a todos os profissionais de saúde com mais de 50 anos e mais risco de ter Covid-19 grave, e, nesta semana, a fila foi aberta para maiores de 75 anos.
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“Essa expansão das populações-alvo, aliada à preocupante chegada de novas variantes e à limitação do número de doses disponíveis, pleiteia uma aceleração da vacinação, em particular dos de mais risco”, afirma o comunicado.
A preocupação na França é que, embora seja a terceira maior economia da Europa, o país não tem conseguido dar um ritmo rápido na vacinação. Até este sábado, o país havia injetado doses correspondentes a 1,4% de sua população, contra 8,6% no Reino Unido e 1,8% na Alemanha, as duas maiores economias locais.
Vale lembrar que o atraso da segunda dose já foi adotado no Reino Unido e depois seguido pela Dinamarca. Até mesmo no Brasil a ideia já é discutida.
De acordo com a HAS, os dados clínicos de testes de vacinas da Pfizer e da Moderna “mostram uma resposta imunológica satisfatória” a partir do 12º dia após a primeira dose, para a Pfizer, e do 14º dia após a primeira dose para a Moderna.
“A experiência adquirida em vacinologia mostra que o espaçamento das doses dentro de um esquema de vacinação pode retardar a obtenção de proteção duradoura, mas também permite obter um nível mais elevado de resposta imune após a próxima dose”, o que traria mais resultados a longo prazo, argumenta o órgão.
Saúde
Governo pode ser responsabilizado por mortes por Covid-19, dizem especialistas
Publicado
23/01/2021 - 10:46

O histórico de medidas do governo federal que prejudicaram, em vez de ajudar, o combate à Covid-19 no Brasil atingiu limite que faz médicos e pesquisadores perderem a esperança na possibilidade de diálogo, afirmam pesquisadores consultados pelo jornal O GLOBO .
Especialistas que, mesmo num cenário de desacordo, buscam ser ouvidos para políticas públicas para resposta à pandemia afirmam não ver perspectiva de melhora no combate à Covid-19 neste governo.
Em carta publicada na noite desta sexta-feira (22) na revista médica “The Lancet”, o epidemiologista Pedro Hallal , da Universidade Federal de Pelotas, que coordena pesquisa nacional sobre prevalência da Covid-19, disse que se o Brasil tivesse tido um desempenho apenas “mediano” no combate ao vírus, mais de 150 mil vidas teriam sido salvas .
“A população brasileira representa 2,7% da população mundial. Se o Brasil tivesse tido 2,7% das mortes globais de Covid-19, 56.311 pessoas teriam morrido”, escreveu o pesquisador. “Contudo, em 21 de janeiro, 212.893 pessoas já tinham morrido de Covid-19 no Brasil. Em outras palavras, 156.582 vidas foram perdidas no país por subdesempenho.”
Segundo o epidemiologista, o governo federal tem um peso maior de culpa nessa avaliação.
“Se essa responsabilidade é compartilhada entre governo federal, estados e municípios ou se é uma responsabilidade mais concentrada no governo federal, que é a minha opinião, isso é questão para debate, mas o número é indiscutível”, disse Hallal ao GLOBO .
O pesquisador, que teve verba federal para seu projeto cortado em agosto do ano passado e teve nomeação para reitor declinada por Bolsonaro , afirma estar sofrendo perseguição.
Outra cientista que publicou crítica contumaz ao governo federal nesta semana foi a sanitarista Deisy Ventura , da USP, que liderou um projeto para mapear todas as medidas normativas do governo, além de atos de propaganda e atos de contestação a outros entes da república que buscavam combater a Covid-19.
“Os resultados afastam a persistente interpretação de que haveria incompetência e negligência da parte do governo federal na gestão da pandemia. Bem ao contrário, a sistematização de dados, ainda que incompletos em razão da falta de espaço para tantos eventos, revela o empenho e a eficiência da atuação da União em prol da ampla disseminação do vírus no território nacional , declaradamente com o objetivo de retomar a atividade econômica o mais rápido possível e a qualquer custo “, escrevem Daisy e sua coautora Rossana Reis. “O que nossa pesquisa revelou é a existência de uma estratégia institucional de propagação do vírus .”
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Entre medidas nocivas tomadas pelo governo federal apontadas pela pesquisadora estão aquelas que buscaram dificultar a implementação do distanciamento social , apregoar ao uso de medicamentos sem comprovação científica e omissões na coordenação nacional para organizar o combate à pandemia e prover recursos . Só os atos normativos contrários a recomendação de entes técnicos foram 21 compilados até agora.
Entre pesquisadores que dizem ter perdido a esperança de que uma má condução da crise da Covid-19 está a sanitarista Ligia Bahia , da Fiocruz, que buscou assessorar o Ministério da Saúde no início da pandemia. Agora a pesquisadora diz já ver “crime de responsabilidade” na política presidente Jair Bolsonaro para a Covid-19.
“A ideia da ruptura, num país tão sofrido quanto o nosso, causa sofrimento”, disse a pesquisadora ao GLOBO. “Mas neste momento a gente não tem outra alternativa a não ser a ruptura institucional. Nós, profissionais de saúde, estamos batalhando pelo impeachment “.
Na opinião de membros da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) que foi excluída da formulação de políticas pública para a Covid-19 após Eduardo Pazuello assumir o cargo de ministro da Saúde a esperança de espaço para diálogo se esgotou. A entidade desde o início vem combatendo a receita de medicamentos ineficazes contra a Covid-19, como a cloroquina e a ivermectina.
“Pela primeira vez na história o ministério usou uma orientação terapêutica com medicamentos que não têm nenhum tipo de sustentação científica e que não foi escrita, elaborada nem revisada por um comitê técnico assessor”, afirma o infectologista José David Urbaez, que também se declara resignado em relação a esperança de diálogo com o ministério.
“Não há nenhum sinal dentro da estrutura que está aí de que possa existir algum pensamento racional, ético e que promova a ciência”, completa.
Um subterfúgio ao qual Bolsonaro recorreu algumas vezes para se eximir da responsabilidade é a decisão do Supremo Tribunal Federal ( STF ) que autorizou estados e municípios a legislarem sobre medidas de distanciamento social para combater a pandemia. A partir daí, o presidente passou a imputar aos governadores a responsabilidade pelo agravamento da pandemia, mas sanitaristas rejeitam o argumento.
“O STF não proibiu o governo federal de ter uma política de testagem no país, nem de ter uma política de rastreamento de contatos. O STF não proibiu o Brasil de ter diretrizes gerais adequadas de tratamento para Covid-19, no entanto isso não foi feito”, diz Hallal.
O GLOBO entrou em contato com o Ministério da Saúde nesta sexta-feira (22) questionando a pasta sobre as omissões e medidas normativas nocivas apontadas por pesquisadores no combate à pandemia de Covid-19, mas não obteve resposta até a conclusão desta reportagem.

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