Conteúdo/ODOC - A vaga aberta no Tribunal de Justiça de Mato Grosso após a aposentadoria de Sebastião Moraes Filho recebeu a inscrição de 15 juízas, que concorrem à promoção pelo critério de merecimento. As matrículas ficaram disponíveis a partir de sexta-feira (28) e foram encerradas às 19h desta terça-feira (2). A cadeira é destinada exclusivamente a mulheres magistradas.
Com o fim das inscrições, o Pleno do Tribunal marcará sessões administrativas para avaliar cada candidatura. Serão analisados critérios como produtividade, reputação ilibada, formação, capacidade técnica e aperfeiçoamento profissional. A mais votada será promovida ao cargo de desembargadora.
Entre as inscritas está Ana Cristina Mendes, com histórico de atuação na 7ª Vara Criminal de Cuiabá em processos de combate ao crime organizado, além de já ter recebido apoio expressivo em disputas anteriores. Atualmente, ela é titular da 4ª Vara Cível da capital.
Também figura na lista a juíza Celia Regina Vidotti, especialista em improbidade administrativa, área responsável pelo julgamento de crimes envolvendo agentes públicos, corrupção e desvios de recursos. Ela já teve destaque em seleções anteriores dentro do próprio Tribunal.
Adriana Sant Anna Coningham, que já exerceu função de auxiliar da Presidência do TJ, atua hoje na 2ª Vara Cível de Cuiabá, unidade que concentra ações fundiárias complexas e conflitos coletivos de terra em Mato Grosso.
Outra candidata é Tatiane Colombo, responsável pela Segunda Vara Especializada em Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Cuiabá e integrante da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar. Desde agosto de 2024, ela também foi convocada para julgamentos no 2º Grau.
Também se inscreveram: Amini Hadad Campos, Angela Regina Gimenez, Célia Regina Vidotti, Gabriela Carina Knaul, Monica Perri, Maria Farias Pinto, Milene Aparecida Beltramini, Eulice Jaqueline Cherulli, Ester Belém Nunes, Gleidi Bispo Santos e Christiane da Costa Marques Neves.
A disputa acontece após a aposentadoria compulsória de Sebastião Moraes, que deixou o cargo ao completar 75 anos. A decisão foi formalizada pelo presidente do TJ, José Zuquim, e referendada pelo Órgão Especial. O magistrado já estava afastado das funções por ser investigado na Operação Sisamnes e responder a procedimento disciplinar no Conselho Nacional de Justiça.