Duas notícias encheram de compaixão meu coração. Duas mães partiram, dois corações se partiram também.
Uma delas levava o filho autista para outra cidade em busca de tratamento para e ele. Ela faleceu no acidente com o ônibus em que viajavam. Segundo relatos, ela foi encontrada abraçada ao seu pequeno amado.
A outra mãe faleceu no trajeto que fazia com seu filho até a creche. Um homem dirigindo um carro furtado atingiu mãe e filho. Ela nunca mais poderá levá-lo para lugar algum.
Escrevo com o coração apertado, com uma vontade imensa de que essas notícias não fossem reais, mas são.
Quando a mãe se vai, leva muita coisa com ela. Leva afagos que nunca mais acontecerão, leva sonhos que não verá realizados, leva histórias que só ela poderia contar.
Quando uma criança fica sem mãe, fica um vazio, algo suspenso no ar, uma imensidão de solidão.
Quem preenche o vazio que é do tamanho do amor de uma mãe?.
Que um anjo venha buscá-las, que haja luz e uma coroa de eternidade para elas.
Que outro anjo fique aqui e acalente as noites dessas crianças, que uma voz ecoe no fundinho de seus corações dizendo: Dorme filhinho, mamãe está olhando por você.
Rejane Monge, nutricionista e mãe
