Procurador sai em defesa do MPE e diz que acusações sobre participação em grampos serão investigadas

José Antônio Borges garantiu em reunião com deputados que denúncia de PMs serão investigadas

O procurador-geral de Justiça, José Antônio Borges saiu em defesa do Ministério Público Estadual (MPE) após denúncias de que membros do órgão teriam envolvimento com o esquema de escutas ilegais, operado por policiais militares, que ficou conhecido como “Grampolândia Pantaneira”. Na tarde de terça-feira (23), Borges esteve reunido com os deputados no “Colégio de Líderes”, na Assembleia Legislativa (ALMT), onde prestou esclarecimentos e garantiu que o MPE fará uma auditoria externa sobre o caso.

“O MPE é uma instituição séria, independente das pessoas que lá estão. Agora, prejulgar que houve grampolândia no MPE, alto lá! Vamos fazer o necessário para esclarecer os fatos. Vamos investigar as denúncias e se houver culpados, serão responsabilizados”, afirmou.

A auditoria deve ser prestada pela empresa que fornece sistema o guardião, que informará se houve interceptação ilegal feita pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco). “Vamos investigar isso, internamente, como foi informado aos deputados. Temos uma empresa que fornece o sistema Guardião. Essa empresa vai fazer a auditoria externa. Esse é um programa que não é barato e a empresa precisa ter confiabilidade para se manter no mercado”, afirma o procurador. De acordo com ele, o Guardião custa cerca de R$ 70 mil para o MPE, por ano.

Sobre a abertura de uma CPI na Assembleia Legislativa para investigar essas denúncias, o chefe do MPE negou que o assunto tenha sido discutido com os deputados. “Não pedi nada. Até porque, isso é uma decisão política deles, não minha. Vamos compartilhar informações com os deputados, a partir do momento que eles acharem necessário e montar uma CPI”, disse.