Opinião
ROMILDO GONÇALVES Previne-se o fogo florestal 2019 ou queimamos de novo!

Romildo Gonçalves
Denota-se, hoje uma preocupação do governo central com a prevenção e controle de incêndios florestais para 2019. Mas para que isso ocorra na prática é preciso que os estados federados elencados na Portaria Federal n. 153 de 18 de março de 2019, se movimentam, caso contrário o problema será imenso pois este ano o fenômeno El Niñio está de volta ao Brasil.
Na portaria n.153/2019, o governo elenca os estados que mais registram ocorrência de incêndios florestais em seus ecossistemas. Fatos que ocorrem desde muito e vem se intensificando na última década no país. Causando gigantescos prejuízos ambientais, econômicos e sociais, além de ceifar a vida gratuitamente.
Estados como: Acre; Amapá; Amazonas; Bahia; Distrito Federal; Goiás; Maranhão; Mato Grosso; Mato Grosso do Sul; Pará; Pernambuco; Piauí; Rio de Janeiro; Rondônia; Roraima e Tocantins, são listados como prioridade na portaria em tela, em vigor a partir de Abril com validade até Novembro de 2019.
Esse é o caminho mais eficaz para prevenir, controlar, manejar e fiscalizar, uma questão extremamente séria no país, que são os recorrentes incêndios florestais anualmente reais, causando prejuízos e desconfortos a vida, são previsíveis e naturalmente evitáveis mas?
Como se vê, os centros de monitoramentos ambientais espalhados pelo mundo vem confirmando em pesquisas e divulgando na mídia o aquecimento global e a difusão das intempéries mundo afora, impactando a vida e sua continuidade em muito ambientes. Prevenir é sem dúvidas o melhor e mais racional meio para evitar aquilo que é previsível e naturalmente evitável.
Desde 1998, estamos planejando elaborando e editando legislações ambientais cada vez mais modernas e atualizadas para o Brasil, temos hoje as melhores e mais eficazes legislações do mundo, porém, na prática o poder executivo brasileiro não evoluiu para a acompanhar este moderno e eficiente parâmetro legal existente.
O que se vê na prática são prejuízos de grande monta causado ao meio ambiente, ao produtor rural, ao homem do campo e a vida na sua plenitude, morte de animais da fauna silvestre, da fauna doméstica, queima de lavouras, pastagens… são senso comuns no período da estiagem no país.
Infelizmente, essa é a realidade, dos desastres ambientais previveis e evitáveis, porém, continua com fogo florestal no período da seca ou estiagem como queira no país até quando? Uma vergonhosa, uma situação sem graças e sem nexo. Porque não barrar?
Dados divulgados pela National Aeronautics and Space Administration = NASA e pelo, National Oceanic ande Atmospheric Administration = NOAA, mostram que 2015 foi o ano mais quente já registrado no planeta terra desde 1880, quando iniciaram os primeiros registros do clima no mundo, não entanto esses anos de canícula continua.
Quando 2018, chegou todo mundo sabia do que poderia vir acontecer com o meio ambiente no brasileiro no período da estiagem o que fizeram? Nada! Não fizeram o manejo de fogo nas unidades de conservação pontuadas no código florestal brasileiro artigo 38, 39 e 40 da Lei Federal n. 12.651/12. Quem paga a conta? A vida!
Denota-se nessa seara que o estado brasileiro ainda patina e feio na prevenção e controle de incêndios florestais, no qual foi esmagado por uma política ambiental desastrosa pelos governos federal da última década.
Com leitura paleolítica da dinâmica ambiental do século 21, o governo central deixou correr solta a mesma política ambiental implantada na década de 90, algo hoje fora de contexto que não mais responde aos efusivos reclames ambientais, culturais e sociais do meio ambiente brasileiro especialmente o rural.
O ano de 2019 tá chegando quente e com previsão do calorão aumentar cada vez mais, uma vez que o fenômeno El Niñio está de volta com força total, então senhores governantes e gestores públicos, vão de novo deixarem a vida queimar literalmente de maneira aleatória nos ecossistemas brasileiros? O ministro atual já determinou com Portaria Federal n.153. e agora?
Como se sabe, os incêndios florestais no Brasil são os mais fácil de prevenção, controle e manejo, visto que são incêndios de superfície, ao contrário dos incêndios de copa ou incêndios subterrâneos ocorrentes na Europa e Estados Unidos que são os mais difíceis de prevenção, controle e manejo.
Se houvesse ações, iniciativas e atividades inteligentemente planejadas para prevenção, controle e combate aos incêndios florestais seguramente teríamos evitado inúmeros males causados pelo fogo florestal nos ecossistemas brasileiros.
Ha pelo menos três décadas pesquiso a ação do fogo florestal, não a circunscrevendo ao meu país, buscando entender-lhe a origem, o controle, a evolução desse fenômeno na natureza.
No decurso de igual período, tenho orientado pesquisadores, gestores, produtores rurais sobre a responsabilidade objetiva, assentado o direito e deveres do cidadão e do poder público.
Assim, fica o alerta, ou façamos a prevenção e manejo do fogo florestal no país ou continuaremos queimando a vida aleatoriamente, a questão tá posta!
Romildo Gonçalves é Biólogo Prof.Pesq. Em Ciências Naturais da Ufmt/Seduc, doutorando em Agricultura Tropical


-
Política MT30/11/2023 - 14:10
Deputada fala em renovação, descarta Faiad e deve assumir o MDB em Cuiabá após acordo com diretório estadual
-
Opinião01/12/2023 - 07:30
LICIO MALHEIROS – Família Souza em festa
-
Política MT01/12/2023 - 08:45
Abílio, Garcia e Botelho já falam em ‘medidas amargas’ a partir de janeiro devido a dívida de R$ 1,2 bi da prefeitura
-
Geral01/12/2023 - 18:30
Unemat lança concurso com 140 vagas para nível médio, técnico e superior e salário de até R$ 7,2 mil; confira
-
Geral04/12/2023 - 13:50
Radares são instalados sem estudo técnico em Várzea Grande e multas podem ser anuladas pelo Contran
-
Geral30/11/2023 - 17:15
Estradas de Mato Grosso recebem R$ 25,8 milhões em investimentos federais, com programa BR-Legal 2
-
Geral03/12/2023 - 12:05
Clínica em Cuiabá usa tecnologias alemãs para reabilitar crianças com deficiência
-
Jurídico30/11/2023 - 08:25
Justiça determina que Estado arquive processo contra servidor alvo de operação na Educação