Conteúdo/ODOC - O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), reagiu com ironia a uma postagem feita pelo ex-vice-prefeito José Roberto Stopa (PV), nesta sexta-feira (4), sobre sua presença constante nas sessões da Câmara Municipal. “Eu prefiro ir à Câmara do que à cadeia, como o Stopa já foi”, disparou Abilio, ao comentar a crítica feita em tom sarcástico pelo ex-gestor.
Na publicação, Stopa escreveu: “Nosso prefeito hoje na Câmara, sessão após sessão, o mesmo acompanha todos os passos dos vereadores. Trabalha muito”. A legenda foi publicada com uma foto do prefeito no plenário, e rapidamente viralizou entre opositores.
Ao rebater a provocação, Abilio relembrou que Stopa foi preso em flagrante em dezembro do ano passado, acusado de crime ambiental durante sua gestão como secretário de Obras Públicas. “O Stopa e tantos outros da gestão passada tinham o costume de ir para a cadeia. Nós temos o costume de ir para a Câmara. É diferente”, ironizou o prefeito.
Relembre o caso
José Roberto Stopa, então vice-prefeito de Cuiabá e secretário de Obras, foi preso no dia 26 de dezembro de 2023 por descarte irregular de resíduos da construção civil em uma área de preservação permanente, nas imediações da Feira do Porto.
Agentes da Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema) flagraram um caminhão da Prefeitura despejando entulho na vegetação. Ao se identificar como responsável pela obra, Stopa recebeu voz de prisão no local.
Após prestar esclarecimentos à Polícia Civil, foi liberado. Ele poderia pegar de um a cinco anos de prisão, caso o crime fosse confirmado.
À época, o então prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) saiu em defesa de seu vice e classificou a prisão como “espetaculosa”. “Havia mídia pronta, câmeras posicionadas, como se estivessem esperando por isso. Não quero parecer injusto, mas é evidente que estamos lidando com algo desproporcional”, afirmou.
Pinheiro também argumentou que o descarte “não representava dano ambiental significativo” e criticou o que chamou de "prioridades equivocadas" das autoridades ambientais, citando problemas como desmatamento e garimpo ilegal em outras regiões do Estado.