Com termômetros marcando 16°C e sensação térmica ainda mais baixa, por conta do vento e da garoa fina, Várzea Grande enfrentou, nesta segunda-feira (30), uma das noites mais frias do ano, especialmente para os padrões do Centro-Oeste brasileiro.
Diante do frio intenso, a prefeita Flávia Moretti (PL) participou da entrega de sopas quentes e cobertores às pessoas em situação de rua, ação coordenada pela Secretaria Municipal de Assistência Social.
“Ninguém deve ser invisível. Estamos nas ruas porque nos importamos com cada vida, especialmente nas noites frias. Um prato quente pode parecer pouco, mas para quem está ao relento, é um gesto de cuidado, acolhimento e esperança”, destacou a prefeita.
A distribuição começou às 17h30 em diversos pontos da cidade. Foram entregues 50 marmitas de sopa e 50 cobertores. A prefeita se juntou à equipe após cumprir agenda no gabinete.
Desde o final de maio, quando as temperaturas começaram a cair, a Prefeitura intensificou o atendimento emergencial com sopas à noite, lanches durante o dia e entrega de cobertores.
“Todos que nos procuram são atendidos, assim como àqueles que foram buscados pelas ruas nos dias mais frios, alguns, inclusive, com mais de um cobertor, considerando a necessidade de proteção extra contra o frio”, afirmou a secretária de Assistência Social, Cristina Saito.
As ações contam com apoio da Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania de Mato Grosso (Setasc) e são realizadas também por meio do Centro de Referência Especializado para a População em Situação de Rua, o Centro POP, que oferece de segunda a sexta-feira banho, higiene pessoal, lanche pela manhã e à tarde, orientação e encaminhamentos para a rede de serviços públicos.
Atualmente, 490 pessoas em situação de rua estão cadastradas no Município, mas o número varia constantemente. “Alguns conseguem sair das ruas por vontade própria, outros reencontram suas famílias com nosso apoio, e há aqueles que continuam sendo acompanhados pelas equipes”, explicou Cristina.
A coordenadora da Proteção Social Especial, Jocileize Alcântara Rondon e Silva, reforça que há suporte para quem deseja mudar de vida. “Oferecemos apoio psicossocial, emissão de documentos, acompanhamento para o processo de saída das ruas. Quando há a concordância do usuário, encaminhamos para tratamento médico contra a dependência química”, disse.
As entregas seguem enquanto o frio persistir. “Garantimos proteção, dignidade e oportunidades de recomeço para todos”, concluiu a secretária Cristina Saito.