Conteúdo/ODOC - O prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), afirmou nesta quinta-feira (23) que a prefeitura está em tratativas para implementar alternativas à distribuição de marmitas para moradores em situação de rua. Durante entrevista, o gestor sugeriu uma parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) para que essas pessoas possam almoçar no restaurante universitário da instituição.
Conforme Abílio, a iniciativa teria dois objetivos principais: proporcionar uma "experiência social" aos estudantes e estimular a comunidade acadêmica a buscar soluções para o problema da alimentação da população vulnerável.
"A gente quer oferecer a alimentação em um local adequado, como um restaurante popular. Eu quero até saber se a Universidade Federal está à disposição para uma parceria. A gente levaria o pessoal de ônibus para almoçar no restaurante universitário. Seria uma experiência social importante para os estudantes, além de ajudar a academia a encontrar soluções para essa questão", afirmou.
Atualmente, o restaurante da UFMT, terceirizado, oferece três refeições diárias: café da manhã por R$ 1 e almoço e jantar por R$ 2,50 cada, preços subsidiados para estudantes de graduação. O prefeito mencionou que a prefeitura estaria disposta a arcar com parte dos custos. "Podemos estudar a possibilidade de criar um horário adequado para atendimento dessa população e pagar os R$ 2,00 por refeição. A estrutura do restaurante universitário é excelente para atender essa demanda", disse.
Abílio também ressaltou que a distribuição de marmitas na rua só será interrompida quando houver uma alternativa viável. Na quarta-feira (22), ele se reuniu com o procurador-geral do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), Deosdete Cruz, para discutir a situação. "O procurador foi muito compreensível. Estamos trabalhando para assinar um acordo sobre a alimentação dos moradores em situação de rua", declarou o prefeito, sem fornecer detalhes sobre o teor do possível acordo.
O gestor também reafirmou o compromisso de garantir refeições à população vulnerável, mas destacou que a intenção é modificar a forma de entrega. "Em nenhum momento dissemos que não forneceríamos alimentação. O que não queremos é que a marmita seja distribuída na rua", explicou.
A proposta, no entanto, ainda depende de negociações com a UFMT e ajustes logísticos, uma vez que o restaurante universitário é terceirizado e opera com preços já subsidiados.