ÁREA DE GARIMPO

Prefeito do Maranhão é preso em Mato Grosso com carga ilegal de ouro em caminhonete

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Prefeito do Maranhão é preso em Mato Grosso com carga ilegal de ouro em caminhonete
Júnior Garimpeiro já havia sido preso em seu estado pela Polícia Federal por crime semelhante

Conteúdo/ODOC - O prefeito de Centro Novo do Maranhão (MA), Joedson Almeida dos Santos, conhecido como Júnior Garimpeiro (PSDB), foi preso na tarde desta quarta-feira (12) em Confresa (1.027 km de Cuiabá), suspeito de envolvimento com extração e transporte ilegal de minérios.

De acordo com o boletim de ocorrência, policiais militares realizavam fiscalização na rodovia MT-430 quando abordaram uma caminhonete Ford Ranger ocupada por quatro pessoas, sendo três homens e uma mulher. Durante a abordagem, os ocupantes apresentaram versões contraditórias sobre o destino e a origem da viagem.

Um dos passageiros disse que o grupo vinha de uma região de garimpo em Paranaíta Em seguida, Joedson Almeida se identificou como prefeito de Centro Novo do Maranhão, cidade localizada no nordeste do país.

Ao consultar o sistema, os policiais constataram que Júnior Garimpeiro já possuía passagem por usurpação de bens da União, crime relacionado à extração irregular de recursos minerais. Diante disso, os agentes decidiram revistar o veículo.

Na carroceria, foram encontrados diversos sacos com material semelhante a minério. Dentro da caminhonete, havia ainda um invólucro contendo fragmentos análogos a ouro. O grupo foi encaminhado à delegacia de Confresa, onde o material passou por análise com detector de metais, confirmando a presença de substância metálica.

Além dos fragmentos suspeitos, os policiais apreenderam notas fiscais de combustível, lonas e uma apostila com informações em idioma indígena, possivelmente usadas nas atividades de garimpo. Duas pessoas ouvidas confirmaram trabalhar em área de mineração.

Outra prisão

Em 2021, Júnior Garimpeiro foi preso pela Polícia Federal na Operação Curimã, que desarticulou uma organização criminosa responsável por desmatar mais de 60 mil hectares para abertura de garimpos ilegais de ouro em Centro Novo do Maranhão.

Segundo as investigações da época, o grupo atuava havia pelo menos três anos e contava com forte influência política e poder econômico na região.