Conteúdo/ODOC - A prefeita de Várzea Grande, Flávia Moretti (PL), afirmou que a situação financeira do município ainda é delicada, mesmo após meio ano à frente da administração. Durante entrevista concedida à Rádio CBN na segunda-feira (14), ela relatou que a gestão tem enfrentado dificuldades para manter o equilíbrio das contas públicas.
“Estamos tentando manter os compromissos em dia, arcando com despesas essenciais, mas com recursos basicamente próprios. A saúde financeira do município ainda é bastante frágil”, disse Flávia.
Quando assumiu a prefeitura, no início do ano, a nova gestão identificou um passivo de R$ 144 milhões deixado pela administração anterior, do ex-prefeito Kalil Baracat (MDB). Desde então, segundo a prefeita, já foram pagos quase R$ 70 milhões desse montante, priorizando contratos considerados essenciais para não comprometer serviços públicos.
“Fizemos os pagamentos conforme a legalidade, priorizando aquilo que foi entregue ou efetivamente prestado. São compromissos que, se deixássemos de honrar, poderiam causar a interrupção de serviços”, explicou.
Flávia relatou ainda que, diante das limitações financeiras, tem sido necessário fazer escolhas difíceis, como postergar a aquisição de novos uniformes escolares. Segundo ela, o município precisou quitar dívidas do ano anterior antes de lançar novas licitações.
“Esperei seis meses para solicitar os novos uniformes porque antes foi preciso pagar os do ano passado. É como administrar a casa: temos que anotar tudo e fazer uma engenharia financeira minuciosa”, detalhou.
A gestora também declarou que aguarda com expectativa a liberação de emendas parlamentares, que podem reforçar o orçamento e destravar projetos e obras.
“O município ainda está endividado. Tenho uma equipe técnica muito competente e vamos atrás dos recursos onde eles estiverem. Estamos contando com a liberação das emendas para dar início a novas frentes de trabalho em Várzea Grande”, concluiu.
