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Por unanimidade, TRE cassa mandato de Selma Arruda e nova eleição ao Senado será realizada

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Selma Arruda teve sete votos favoráveis à cassação do seu mandato

O pleno do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) determinou, por unanimidade, a cassação da senadora Selma Arruda (PSL) e a realização de nova eleição para o cargo, em julgamento realizado nesta quarta-feira (10). Os sete juízes constataram o abuso do poder econômico e caixa 2 durante a campanha eleitoral de 2018. Ele também votaram contrário a possibilidade do ex-governador e terceiro colocado na disputa ao Senado,  Carlos Fávaro (PSD), assuma a vaga e uma nova eleição deverá ser disputada em Mato Grosso.

O primeiro voto foi do desembargador Pedro Sakamoto, relator da ação no TRE da ação que investigava a senadora Selma Arruda por suposto uso de caixa 2 e abuso de poder econômico durante as eleições. Ele também votou pela cassação dos suplentes Gilberto Possamai (PSL) e Clerie Aparecida Mendes (PSL) e que o terceiro colocado nas eleições, o ex-governador Carlos Fávaro (PSD), assuma o cargo até que aconteça uma nova eleição. Sakamoto ainda propôs que Selma e Possamai ficassem inelegíveis por 8 anos. Todos os outros seis magistrados acompanharam Sakamoto em relação à cassação e à nova eleição, mas foram contra a posse temporária de Fávaro.

O desembargador Ricardo Gomes de Almeida também votou pela cassação, porém foi contra, mesmo que temporariamente, à posse de Carlos Fávaro.

Os juízes Antônio Veloso Peleja, Jackson Coleta Coutinho , Luiz Aparecido Bertolussi, Vanessa Gasques e a desembargadora Marilsen Andrade Addário também votaram com o magistrado Ricardo Almeida.

Investigações do Ministério Público Federal (MPF) apontaram que Selma Arruda e Gilberto Passomai fizeram despesas tipicamente eleitorais de, no mínimo, R$ 1,2 milhão. A defesa da ex-juíza alegou que esse valor era referente a um empréstimo que ela teria feito de Possamai, no entanto, pela legislação eleitoral esse tipo de empréstimo só pode ser feito com instituições bancária.

Outro lado

Por meio de nota a senadora afirmou que está tranquila com a decisão do TRE e enfatizou que “a tranquilidade que tenho é com a consciência dos meus atos, a retidão que tive em toda a minha vida e que não seria diferente na minha campanha e trajetória política”. Disse ainda que respeita a Justiça e vai recorrer às instâncias superiores, para “provar a minha boa fé e garantir que os 678.542 votos que recebi da população mato-grossense sejam respeitados”.

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