Conteúdo/ODOC - O investigador da Polícia Civil Sanderson Ferreira de Castro Souza, de 42 anos, foi condenado a 15 anos de reclusão em regime fechado pelos crimes cometidos contra a ex-companheira, Débora Sander. A sentença foi proferida pela Justiça em decisão recente, e a vítima comemorou o resultado nas redes sociais nesta terça-feira (1).
“Saiu a sentença. Meu agressor foi condenado a 15 anos em regime fechado. Justiça foi feita, mas não só por mim, mas por todas que ele feriu”, escreveu Débora em uma publicação.
As agressões ocorreram em agosto de 2024, em Cuiabá. Na época, Débora tornou pública a violência que sofria ao relatar o caso nas redes sociais. A partir da denúncia, a Delegacia Especializada de Defesa da Mulher (DEDM) abriu um inquérito para investigar diversas práticas criminosas atribuídas ao policial, como descumprimento de medida protetiva, lesão corporal, violência psicológica, ameaças e estupro.
Em depoimentos, a vítima relatou que manteve um relacionamento de cerca de dois anos com Sanderson, período em que sofreu violência emocional e controle financeiro. A situação, segundo ela, evoluiu para agressões físicas e ameaças constantes. Em uma das declarações, Débora contou que saiu de casa temendo pela própria vida e pela segurança do filho.
“Não vou ficar com um homem armado, ameaçando meu filho e a mim. Ele fala que meu filho vai chorar e vai sofrer muito ainda. Por isso, saí para me proteger, mas ainda estou com várias lesões no corpo”, disse na época.
Além das agressões, Débora revelou ter sofrido pressão para não seguir adiante com a denúncia. Segundo ela, outros policiais tentaram convencê-la a não formalizar a queixa e voltar para casa, numa tentativa de acobertar o caso. Sanderson ainda teria dito que “polícia ajuda polícia” e que as acusações não surtiriam efeito.
