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PM condenado por assassinato de universitária em briga de trânsito é preso em Cuiabá

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PM condenado por assassinato de universitária em briga de trânsito é preso em Cuiabá

Conteúdo/ODOC - O policial militar Edivaldo Júnior Rodrigues Marques de Souza, condenado a 18 anos de prisão pelo assassinato da universitária Adriele da Silva Muniz, de 25 anos, em 2016, foi preso nesta quarta-feira (10) e será encaminhado à Cadeia Pública de Chapada dos Guimarães.

Edivaldo havia sido condenado em júri popular no dia 6 de junho de 2023 e respondia ao processo em liberdade até que a decisão transitou em julgado em 5 de agosto, mantendo a sentença. Com isso, a ordem de prisão foi expedida.

Durante a audiência de custódia, a juíza Mônica Catarina Perri Siqueira, da 1ª Vara Criminal de Cuiabá, reconheceu a legalidade da prisão e determinou a perda do cargo do policial. “A prisão é legal, decorrente de sentença condenatória transitada em julgado, para que o réu inicie o cumprimento da pena em regime inicialmente fechado, nos moldes do artigo 283 do CPP”, destacou a juíza.

O crime

Segundo a denúncia do Ministério Público, Adriele estava como passageira de um Fiat Palio, voltando de uma festa de aniversário no bairro Duque de Caxias, junto com o namorado e amigos.

Ao trafegar pela Avenida Issac Póvoas, o motorista do Palio bateu no retrovisor do Honda Fit dirigido por Edivaldo. Após uma breve discussão, os veículos seguiram viagem.

Inconformado, o policial perseguiu o carro e disparou várias vezes. Um dos tiros atingiu Adriele nas costas. Ela chegou a ser levada ao pronto-socorro, mas não resistiu aos ferimentos.

A Polícia Civil concluiu o inquérito em 2021, após quatro anos de investigação, envolvendo diligências, cruzamento de informações, análise de câmeras de segurança, depoimentos e laudos periciais.

Inicialmente, o PM negou envolvimento no crime, mas dias depois confessou os disparos, alegando legítima defesa e que teria reagido a uma tentativa de assalto.

As provas, no entanto, comprovaram que não houve qualquer ameaça por parte das vítimas, e que os ocupantes do Palio não desceram do veículo durante o trajeto.