A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Querência, finalizou um dos inquéritos mais complexos dos últimos anos na região, que investigava um esquema de fraude imobiliária envolvendo um loteamento residencial de luxo da cidade. O inquérito foi concluído no último dia 24.
As apurações constataram que dezenas de pessoas foram induzidas a acreditar que compravam terrenos, mas, na verdade, assinavam termos de adesão a uma sociedade em cota de participação, modelo que não garantia propriedade individual e serviu como fachada para a prática de estelionato.
Durante a fase investigativa, os policiais descobriram ainda que a própria área destinada ao loteamento sequer havia sido integralmente quitada pela empresa responsável, situação que desencadeou uma ação de litígio civil no fórum local. Diante desse cenário, outro inquérito policial foi instaurado para aprofundar a apuração dos fatos relacionados à negociação da área.
O trabalho investigativo revelou a existência de um esquema sofisticado, marcado por multiplicidade de condutas delitivas e reiteradas ações fraudulentas. Para chegar a essa conclusão, a equipe da Polícia Civil analisou documentos, oitivas de vítimas, representações criminais e demais provas que demonstraram a materialidade e autoria do crime.
No início das investigações, o nome do cantor sertanejo Leonardo chegou a ser mencionado em levantamentos preliminares, uma vez que sua imagem foi utilizada em vídeos de lançamento do empreendimento e em campanhas da empresa investigada.
Entretanto, a Polícia Civil deixou claro que o artista foi contratado apenas para fins publicitários, não possuindo qualquer vínculo societário ou participação nas condutas apuradas. Importante destacar que o nome dele não foi citado no inquérito policial, tendo aparecido apenas nessa fase inicial de coleta de informações.
O delegado responsável destacou a dedicação da equipe no enfrentamento de um caso de alta complexidade. “Foram necessárias inúmeras diligências e análises documentais para comprovar o padrão de estelionatos praticados e esclarecer a forma como o golpe foi estruturado. Esse trabalho só foi possível graças ao empenho da equipe da Delegacia de Querência, que não mediu esforços para dar uma resposta à sociedade”, ressaltou no relatório conclusivo.
Com o encerramento do inquérito, os autos foram remetidos ao Ministério Público, que avaliará as providências judiciais cabíveis contra os indiciados, identificados apenas pelas iniciais A.A. e E.L.B.